Quatro realidades que já se adivinhavam...

1. O FC Porto disse adeus à Champions e terá terminado, esta noite, um ciclo de sucesso. A crise vai ser longa e a primeira consequência será, com quase toda a certeza, finalizar esta temporada sem qualquer êxito (além da Intercontinental e da Supertaça portuguesa, conquistadas por… Fernandez)

2. Couceiro tem hoje um dos casos mais bicudos que algum treinador português alguma vez já resolveu. Terá que ser muito bom para não ser a próxima vítima.

3. Sem deslumbrar, entre esta ou aquela escorregadela, o Benfica apresta-se a voltar a ser campeão nacional, pondo fim a um jejum de mais de uma década. Se o Sporting bater o FC Porto no clássico de Alvalade (neste momento, o resultado mais provável), o Benfica passa a ter a faca e o queijo na mão.

4. Mourinho garantiu praticamente o título inglês, ao aumentar para 11 o avanço sobre o Manchester. Na Champions, só vejo uma equipa capaz de travar José: o AC Milan, de Rui Costa. De recorde em recorde, um treinador português prepara-se para entrar na história. Se for campeão inglês e europeu, imediatamente depois de ter sido campeão europeu pelo FC Porto, e dois anos depois de ter ganho a Taça UEFA, então aí, não restarão mesmo dúvidas: ele será mesmo o melhor treinador do Mundo nas últimas décadas largas. Podemos achá-lo antipático e arrogante – ambas as coisas são verdade – mas ele é mesmo o melhor do Mundo.

Publicado por André 00:38:00  

1 Comment:

  1. Anónimo said...
    O que actualmente sucede com o FC Porto é apenas a repetição do que sucedeu no final da era do penta. Uma equipa com muito dinheiro, muito prestígio, mas sem rumo definido.
    As grandes conquistas do FC Porto nas duas últimas temporadas elevaram a equipa a um patamar de glória que, com a saída de José Mourinho, os responsáveis da SAD azul e branca não souberam acautelar.
    Gastaram-se rios de dinheiro em nomes sonantes como Diego ou Luís Fabiano, sem que nenhum deles tivesse ainda provado o seu real favor. A esses seguiram-se as aquisições de nomes de valor duvidoso, alguns dos quais já nem estão na equipa. Rossato e Hugo Leal são apenas dois exemplos.
    Mais do que falta de grandes jogadores ou grandes treinadores faltou esta época ao FC Porto grandes dirigentes. Que não foram capazes de resistir à tentação do esbanjamento de dinheiro.
    Olhando para a época de 2001/2002 (a tal em que Mourinho substituiu Octávio Machado a meio) e para a presente, não restam grandes dúvidas. Era inevitável que a história se repetisse

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