Quatro realidades que já se adivinhavam...
quarta-feira, março 16, 2005
1. O FC Porto disse adeus à Champions e terá terminado, esta noite, um ciclo de sucesso. A crise vai ser longa e a primeira consequência será, com quase toda a certeza, finalizar esta temporada sem qualquer êxito (além da Intercontinental e da Supertaça portuguesa, conquistadas por… Fernandez)
2. Couceiro tem hoje um dos casos mais bicudos que algum treinador português alguma vez já resolveu. Terá que ser muito bom para não ser a próxima vítima.
3. Sem deslumbrar, entre esta ou aquela escorregadela, o Benfica apresta-se a voltar a ser campeão nacional, pondo fim a um jejum de mais de uma década. Se o Sporting bater o FC Porto no clássico de Alvalade (neste momento, o resultado mais provável), o Benfica passa a ter a faca e o queijo na mão.
4. Mourinho garantiu praticamente o título inglês, ao aumentar para 11 o avanço sobre o Manchester. Na Champions, só vejo uma equipa capaz de travar José: o AC Milan, de Rui Costa. De recorde em recorde, um treinador português prepara-se para entrar na história. Se for campeão inglês e europeu, imediatamente depois de ter sido campeão europeu pelo FC Porto, e dois anos depois de ter ganho a Taça UEFA, então aí, não restarão mesmo dúvidas: ele será mesmo o melhor treinador do Mundo nas últimas décadas largas. Podemos achá-lo antipático e arrogante – ambas as coisas são verdade – mas ele é mesmo o melhor do Mundo.
Publicado por André 00:38:00
As grandes conquistas do FC Porto nas duas últimas temporadas elevaram a equipa a um patamar de glória que, com a saída de José Mourinho, os responsáveis da SAD azul e branca não souberam acautelar.
Gastaram-se rios de dinheiro em nomes sonantes como Diego ou Luís Fabiano, sem que nenhum deles tivesse ainda provado o seu real favor. A esses seguiram-se as aquisições de nomes de valor duvidoso, alguns dos quais já nem estão na equipa. Rossato e Hugo Leal são apenas dois exemplos.
Mais do que falta de grandes jogadores ou grandes treinadores faltou esta época ao FC Porto grandes dirigentes. Que não foram capazes de resistir à tentação do esbanjamento de dinheiro.
Olhando para a época de 2001/2002 (a tal em que Mourinho substituiu Octávio Machado a meio) e para a presente, não restam grandes dúvidas. Era inevitável que a história se repetisse