Por princípio, compreendo que os melhores classificados em qualquer concurso ou curso, tenham, à partida, o privilégio de escolha do posto de trabalho mais conveniente, pois é uma forma de premiar o mérito na aprendizagem. Este, não deixa, no entanto, de chocar com outro que seria colocar os melhores aonde são mais necessários e não aonde lhes seja mais interessante. Sendo complicada a gestão deste conflito de interesses, seria talvez conveniente subir a fasquia de selecção ao ponto de impedir a admissão a certas profissões dos menos bons ou os assim-assim, por comparação com os melhores ou com referência a objectivos pré-definidos, colocando-se todos em igualdade de circunstâncias para o desempenho de certas funções.

Se isto for de todo impossível, sugere-se a criação de um estímulo financeiro suficientemente atractivo, de modo a que sejam os melhores a quererem ir para certos lugares. Recordo-me que, mesmo para Nassíria, não houve falta de voluntários na GNR.
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Publicado por contra-baixo 15:04:00  

6 Comments:

  1. Anónimo said...
    Mais uma vez fico siderado com estas coisas. Pior que quebrar o segredo de justiça, só uma destas... com a agravante de vir de um sindicalista. É vil e redutora uma afirmação destas. Os camaradas da Amadora, e eu conheço tantos, que se sentem orgulhosos e conscientes da missão que desempenham, devem ficar muito satisfeitos. São poucos os que conheço que serviriam noutra Divisão e muitos que gostariam de ali servir e não podem.
    A questão das classificações na PSP é que elas são meramente teóricas e a componente técnica não é preponderante (impensável e ridículo mas é). Ou seja, valoriza-se o polícia teórico e esse, em princípio vai para o local que mais lhe serve. Meus amigos, os superpolícias, há 1 em 1000, que são ao mesmo tempo bons de "caneta", livro e técnica, regra geral estão nas divisões com as características da Amadora. Não façam dos Polícias que ali servem uns coitados de uns inadaptados. Antes pelo contrário, são excelentes, falta é continuidade no que aprenderam e falta de apoio e incentivo superior/político para manterem uma postura de firmeza. Claro, depois, era bom que tivessem apoio na retaguarda, nomeadamente uma evidente e real voz de apoio e defesa. É que os CMDT's que raramente defenderam os seus homens, foram todos para o olho da Rua.
    contra-baixo said...
    Sindicalista! eu??????
    Anónimo said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    Anónimo said...
    Não CONTRABAIXO. Sindicalista é quem proferiu as declarações em que se baseia a notícia do link a que refere o seu post. É a ele quem eu critico, como profissional de políca, não o seu post, baseado em factos que me custa ver apresentados de forma tão ligeira.
    contra-baixo said...
    Deixou de estar diponível através de link a notícia ontem publicada em a Capital.
    Para memória futura, transcrevo uma outra com idêntico conteúdo, retirada do site da ONINET:

    PSP
    Polícias com piores notas colocados na Amadora

    Os jovens polícias que saem do curso na Escola Prática de Polícia (EPP), em Torres Novas, com piores notas são colocados nos bairros mais problemáticos do país, como é o caso da Amadora.
    Em declarações ao jornal "A Capital", Luís Maria, dirigente nacional do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP-PSP) e agente na Damaia há 15 anos, afirma que "os polícias fogem a sete pés da Amadora".
    Num dos concelhos mais problemáticos do país, Luís Maria refere que a maioria dos polícias chegaram à PSP há pouco tempo e só ali estão porque são obrigados. Os polícias com piores notas não têm alternativa: vão para a Amadora.

    Também o presidente da distrital de Lisboa da Associação Sócio-Profissional de Polícia (ASPP), José Magalhães, afirma que "mais de 90% dos polícias estão na Amadora obrigados e não por opção".

    De acordo com este responsável, a renovação dos polícias na Amadora é uma constante e muito maior do que noutras divisões da PSP, o que se reflecte no combate à criminalidade, no conhecimento da população e dos bairros.

    "Quando cheguei à PSP", conta Luís Maria, "o colega mais novo da esquadra da Amadora para onde fui tinha oito anos de trabalho. Hoje, já é comum ver um polícia com seis meses de serviço a ensinar aquele que acabou de chegar vindo directamente da EPP".
    Rádio Renascença
    contra-baixo said...
    Caro Jó Carvalho,

    Obrigado pelo seu comentário e esclarecimento.
    A posta partiu da notícia da Capital e pretendia, essencialmente, comentar um facto que não acontece apenas com a PSP, verificando-se também noutras polícias e com outras profissões e do qual resulta, na prática, que os melhores nem sempre estão aonde são mais precisos.
    E este parece-me que é um problema com que o País tem de lidar.

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