A pasta da secretaria de Estado da cultura ainda não foi atribuída. Nos últimos 2 dias, e depois do episódio que PS, PCP e BE protagonizaram na assembleia municipal do Porto para inviabilizar a criação da Fundação Casa da Música [FCM], tem sido lançado o nome da portuense Manuela de Melo, um dos rostos da contestação ao modo de preenchimento dos lugares do conselho de administração da FCM que prevê, em maior número, os de nomeação por fundadores privados (3 a 4) do que os que poderão ser nomeados pelo Estado (2 a 3). Deseja-se que escolha da pessoa para o cargo de SE signifique também um entendimento do governo e da ministra da cultura sobre a necessidade imperiosa de ter fundadores privados associados à FCM nas condições já com eles predefinidas. É que, para quem desconhece, o Ministério da Cultura está em muito má situação financeira e, não se prevendo que passe a ter maior peso no orçamento de Estado, não é recomendável que prescinda da participação dos privados no capital social e no financiamento da futura fundação. Espera-se também que esta fórmula, depois de comprovada a sua eficácia, venha a ser estendida a outros organismos públicos de produção artística e de espectáculos e de vocação museológica e patrimonial que necessitam urgentemente não só de maior envolvimento da sociedade civil e do meio empresarial na sua sustentação mas, e principalmente, de uma nova cultura de gestão.

Publicado por contra-baixo 16:06:00  

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