Será necessário dizê-lo?

Ou o inquérito do Ministério Público à fortuna pessoal, contas na Suiça e relações fiduciárias com o famoso sobrinho ilibou Isaltino Morais ou o anunciado regresso à Câmara de Oeiras é das piores notícias para a qualidade da governação (no caso, autárquica) do país.

Olhando para outros casos, como o da autarca do PS "refugiada" no Brasil, de uma certa mala da qual nada se sabe, de mais do que suspeitas vidas desafogadas de quem, antes de entrar na política, pouco ou nada tinha (e os vencimentos são o que são, não enriquecem ninguém), é altura de perguntar...

Já não há vergonha na cara?


Publicado por irreflexoes 11:46:00  

4 Comments:

  1. josé said...
    Não é só vergonha que falta, caro Irreflectido!
    É competência a sério ( não da presumida e atestada a Muito Bom); é empenho a sério e reivindicação a sério de meios a sério.
    Não basta umas discursatas em colóquios sindicais ou em artigos de jornal, a dizer que nem carros têm e rezam para que não avariam os emprestados.
    Já chega de discurso de falta de meios inoperante e arrastado há anos a anos.
    Exige-se uma nova cultura de investigação; uma nova atitude de reivindicação de resultados.

    Os casos de de que fala são emblemáticos do estado de coisas a que chegamos.
    Ontem, o director da PJ do departamento anti-corrupção, o juiz em comissão de serviço, Mouraz Lopes, anunciou que havia cerca de 500 processos crime ( de Inquérito) no DCIAP relativos a corrupção. E com base nessas estatísticas afirmou que não éramos um país de corruptos.Aliás, como outros, antes dele o fizeram.
    Pois não! Somos antes um país anómico...

    Disse que isto é uma vergonha?!
    É mais do que isso: é trágico! E nem sequer cómico, a não ser a declaração daqueles reponsável pelo combate à corrupção.

    COmo dizia o Eduardo DÂmaso há umas semanas atrás: o poder político não quer que se investigue- e por isso, corta nos meios. É assim e não há volta a dar-lhe. A não ser mudar de reponsáveis nas respectivas áreas, a começar pelo DCIAP e DIAP. São boas pessoas, mas já mostraram que são incapazes de orientar o barco.
    Porém, temo que não saiam voluntariamente...
    contra-baixo said...
    Se se refere à “mala” do desenhador sabe-se e muito. Como também se sabe como foi construída, à pressa, a sua reputação de homem de muito bem. E o que é mais sinistro é ver o sujeito a espalhar-se continuamente, caindo sistematicamente de pouso cada vez mais alto e de pé.
    Anónimo said...
    quem vive em oeiras sabe bem a capacidade de isaltino morais. independentemente dos mexericos, boatos, suposiçoes e alegados negócios obscuros, que infelizmente é o que mais preocupa àqueles que se arrogam de comentar tudo e todos, o que interessa é a obra, o trabalho, e esse vê-se. não tenho quaisquer dúvidas que os eleitores em oeiras vão renovar a sua confiança num homem que a merece inteiramente.
    quando alguém de dedica à causa pública que seja para mostar trabalho, que seja para mostrar as suas capacidades e que seja reconhecido por isso.
    SP
    irreflexoes said...
    Caro Anónimo,

    É sempre dificil distinguir-vos, deixe-me que lhe diga já. Assine, nem que seja Mickey, é só para saber qual dos anónimos é que é.

    Não discuto a qualidade e o mérito da "obra" de Isaltino Morais. Não moro em Oeiras. Arrogo-me, contudo, o que farei sempre, o direito de achar que alguém cuja corrupção está em investigação não pode, não deve, concorrer e muito menos ser eleito para um cargo decisório. É o caso.

Post a Comment