a verdade da mentira

Já mais do que uma vez aqui se notou o caso impar que é o Semanário no panorama jornalistico português. A edição da passada sexta-feira é mais uma edição de colecionador e algumas coisas que lá aparecem escarrapachadas não merecem o desprezo a que são votadas, quer sejam falsas, quer sejam verdadeiras. Numa enorme peça, tema de capa, onde pretende retratar a situação interna no PSD no rescaldo dos incidentes que rodearam a ida de Morais Sarmento a S. Tomé, e ao mesmo tempo que se tecem retratos para o futuro, são feitas en passant uma série de afirmações que se por um lado deveriam merecer imediatamente uma exigência de desmentido dos visados (o Semanário é aliás, recorde-se, aquele orgão de informação que já uma vez teve de desmentir em toda a concorrência, em anúncio, uma manchete sua, que levou ao anúncio da instauração de uma série de processos dos quais nunca mais se soube de nada...) por outro lado deveriam levar imediatamente a Procuradoria Geral da República a agir, quanto mais não seja para garantir o bom nome e imagem do Estado de Direito. Nem uma coisa nem outra aconteceu até agora. Ficam pois no ar, para memória futura, as graves suspeitas sobre privatizações (!) piratas da TAP, ao BES, sobre ligações perigosas entre a sociedade de advogados a que pertence o Dr. Sarmento, a PLMJ do Dr. Júdice, os negócios do petróleo, e o governo, etc, etc, etc... É que assim, com tanto recato, passa a ideia de que pode ser tudo verdade, ou quase, e o que definitivamente interessa é não levantar mais ondas. Pois.

Publicado por Manuel 13:23:00  

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