Olha quem fala - take 2...

Há por aí uma onda de indignação por um ex assessor do Dr. Barroso, David Dinis, agora a editar política no Diário Económico, ter feito a célebre entrevista ao Dr. A. Morais (Sarmento). Veio, obviamente, a inevitável cantilena da promiscuidade entre políticos e jornalistas à baila. O tema é premente, o pretexto manifestamente infeliz. Em primeiro lugar porque qualquer jornal em Portugal se pelaria por aquela entrevista, em segundo lugar, porque ela, a entrevista, não consubstancia qualquer situação de promiscuidade - estamos a falar afinal - convém recordar - de declarações em on não de fugas cirúgicas e anónimas e em terceiro, porque o autor da entrevista, o tal que foi assessor do Dr. Barroso, até escreve num blog (bastava usar o google Dr. Pacheco, se é que percebe onde quero chegar...) onde são bem patentes as suas opiniões pessoais sobre o actual status quo (uma pista - não parece morrer de amores nem pelo Dr. Lopes nem pelo boxeur), etc, etc, etc... É claro que os factos não interessam nada quando o que está em causa é o tiro ao alvo, questiúnculas pessoais ou apenas uma boa história. Como todos os moralistas de serviço sabem muito sabem promiscuidade é outra coisa , mas isso é um pequeno detalhe não é ?

Publicado por Manuel 20:54:00  

8 Comments:

  1. Anónimo said...
    (Perfigura? nao sei o que e...)
    Outra coisa: Entao nem uma palavrinha acerca do Vital Moreira, que, coitadinho, tambem correu pressuroso atras do 'escandalo'?
    Que e isto? Andamos a proteger os 'amigos' Irmao Manuel?
    Manuel said...
    Como ? Eh ?! Quais amigos ?
    Anónimo said...
    Pronto, desculpe, era uma piada...
    Prefigura, prefiguraria melhor...
    Luis Grave Rodrigues said...
    Claro que a promiscuidade é outra coisa.

    Mas não me parece que alguém tenha dito que a promiscuidade estava no facto do jornalista que fez a entrevista, que é, de facto, uma "cacha" para o jornal.

    A promiscuidade está nas perguntas encomendadas!

    O que é, de facto, outra coisa!!!

    Luís G. Rodrigues
    (Random Precision)
    Anónimo said...
    Independente das circunstâncias do caso, a dimensão que lhe está a ser dada não é fruto de uma indignação mas de um aproveitamento político.

    Lagrima.blogs.sapo.pt
    Anónimo said...
    Independentemente da dimensão, as circunstâncias do caso não são políticas?
    Anónimo said...
    Os moralistas da nossa praça (e são mais do que pode parecer à partida) preferiam que os ex-assessores fossem para as redacções ajudar aqueles que nunca deixaram de ser jornalistas (e que por isso têm o estatuto de competentes) a preparar entrevistas, preparar guiões, ajudar a fazer peças, fazer telefonemas, dar dicas de trabalhos. Mas com uma condição. Que não assinassem o seu trabalho. Que vergonha!
    Luís Bonifácio said...
    Vou gostar de ver os "moralistas" de hoje, quando o mesmo se passar com os "assessores" do futuro governo socrático.
    Acho que apenas vamos ouvir o "som do silêncio"

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