Quando uma promessa eleitoral se transforma num pesadelo...
sexta-feira, setembro 24, 2004
Corria o ano de 2001, era António Guterres primeiro-ministro de Portugal, e em plena campanha para as autarquias, o candidato do PSD à câmara municipal de Lisboa, prometia devolver o Arco do Cego aos habitantes, transferindo o terminal dos autocarros de carreiras de longo curso e internacionais, para um sítio adequado e condigno.
Ora, como todos sabem, Santana Lopes lá ganhou as eleições e Guterres, colocou o lugar à disposição, qual técnico de primeira divisão à experiência. Como sabem o vencedor dessas eleições decidiu ir jogar para o multimilionário clube de Bruxelas. O presidente do clube Jorge Sampaio, com medo que o clube descesse de divisão, decidiu ele próprio que não haveria lugar a repetição do jogo, e o adjunto tomava conta da equipa até ao final da época, ainda que caucionado pelos resultados. Para treinar a câmara municipal de Lisboa, o adjunto do adjunto, sim porque quando se conhece o balneário, as coisas ficam mais fáceis, passa a existir uma pressão alta.
Não sei se Santana Lopes ganhou as eleições para Lisboa por causa da promessa de devolver o Arco do Cego à cidade, sei que o Arco do Cego foi um antigo terminal de eléctricos em Lisboa, transformado em terminal rodoviário com a extinção dos eléctricos em Lisboa. Ora como pode ele devolver uma coisa que nunca nos pertenceu ? Este presidente é mesmo um bacano, e até nós da coisas que nunca foram nossas.
Tudo tem um preço. O preço chama-se Sete Rios, local onde o autocarros tem agora um moderno terminal, com ligação directa à estação de autocarros. O problema é que a partir de agora, para um autocarro que saía entre as 16 horas e as 19 horas, existe um problema acrescido...
Se for para o Algarve até chegar a ponte 25 de Abril demora 1 hora.
Se for para norte até chegar ao fim da 2ª circular demora 1 hora.
Há promessas que se transformam em pesadelos...
Publicado por António Duarte 19:28:00
Queira desculpar-me as correcções: "Já não vou a Lisboa HÁ muito tempo, mas lembro-me que do Arco do Cego À Segunda Circular e À ponte 25 de Abril..."
O fenómeno dos erros de português está a tornar-se preocupante e não é lá muito abonatório dos frequentadores desta Loja...
Mais uma vez peço desculpa pelo atrevimento, mas já que não conseguimos salvar o país da lama, salvemos ao menos a língua portuguesa!
Agradeço as correcções.
Erros são erros e têm de ser corrigidos.
Obrigado.
Por outro lado, a primeira vez que intervim num blog, já foi há alguns anos, no Pastilhas de Miguel Esteves Cardoso. Num texto -brilhante, como são geralmente todos os que escreve- o MEC escreveu "costoletas"! E eu fiz-lhe notar que a palavras certa seria "costeletas", pois certamente não viria de costolas...
Respondeu-me com um savoir faire que me desarmou e desde aí passou-me a mania de apontar o ponto negro aos outros.
Ainda por cima, costumo ver como a minha filha escreve em sms, usando e abusando de K´s e X´s em palavras que nada tem dessas letras bárbaras.
É impossível que a malta nova não dê erros...ou pelo menos, consiga escrever com o rigor de antigamente.
Outros tempos! Mas aprecio uma escrita escorreita e sem os sempre incomodativos às por agás...
Com tanta pressa de criticar o António, que seguramente não anda de transportes públicos ""O preço chama-se Sete Rios, local onde o autocarros tem agora um moderno terminal, com ligação directa à estação de autocarros."", esqueceu-se foi de ir lá ver o terminal.
Assim podia ter visto que não há acessos para deficientes e que a sinalização no exterior é quase nula.
No resto a inveja do costume.