o estranho caso da refinaria da GALP, ou o mistério do sexo dos anjos...
sábado, setembro 18, 2004
Afiançam-me que haverá uma série de produtos fabricados na refinaria da GALP de Matosinhos ( a tal sobre a qual o Primeiro-Ministro terá pedido informações a Álvaro Barreto e Nobre Guedes e cujo encerramento é(ra) dado como certo pelo Público e pelo Expresso nas suas edições de hoje) que não serão fabricados em mais lado nenhum da Europa. Fabricar-se-ão também na Coreia do Sul. Resumindo, obrigações contratuais, e mero bom senso na gestão, obrigam a GALP a manter a refinaria aberta durante mais, pelo menos, duas, três, dezenas de anos... Ora, se Santana Lopes é hoje citado na TSF a dizer que nada está decidido, se a administração da GALP diz que não sabe de nada, que conclusões é que há para tirar ?
Nenhuma, a não ser que alguém, no seio da máquina de propaganda governativa, teve a iluminada ideia de trazer a questão à superfície como forma de abafar outras questões mais melindrosas... O Público e o Expresso foram os patos de serviço.
Entretanto Mira Amaral, que já terá sido convidado para exercer funções não executivas (não é preciso explicar pois não ?...) em duas empresas privadas, ainda não renunciou à sua reforma milionária devida pela sua meteórica passagem pelos destinos da CGD. A questão não está na Caixa ser propriedade do Estado, não é sequer uma questão de moral ou ética, é muito mais básica... Em nenhuma empresa da galáxia qualquer accionista que se preze depois de demitir um administrador de uma sua empresa o deixava ir embora nos termos e nos moldes definidos pelo demitido, a não ser, a não ser - repito - para o manter calado... Ora se depois de Bagão Félix ter caracterizado a sua pensão como obscena o demitido Mira Amaral ainda não renunciou a esta uma pergunta se impõe - Qual o porquê da absoluta "segurança" de Mira Amaral ?...
Publicado por Manuel 16:31:00