Casa Pia - Uma questão de fé?

Informação, contra-informação, mais contra-informação. Tudo se dilui para que as verdades se confundam com as mentiras.

Qual é a verdade? Eu não sei.

Por mais que escreva o Manuel, Ana Gomes ou escreva um qualquer anónimo (ver comentários dos últimos post sobre a casa pia) acrescenta-se ruído. És do Benfica ou do Sporting? É o que sobra "nesta altura do campeonato". Goste-se ou não é assim que estamos.

Só teremos uma esperança mínima de justiça se ela for praticada por justos e se estes conseguirem anular as baterias de fumo quando tiverem que decidir, venham elas de onde vierem.

Entretanto, aos justos que assistem não lhes espera menor tarefa - a de não se deixarem intoxicar por tudo o que lhes/nos dão a comer.

Pela minha parte, este constante "avisar para o que aí vem" e a inevitável e instantânea dualidade de interpretações da informação/contra-informação é já um mau serviço, a menos que acreditem que há ainda quem esteja em condições de "ver a luz", de se juntar ao mundo dos que tentam cultivar uma consciência crítica.

Mas será que isso se consegue desta forma?


Nuvens, nuvens, nuvens!

Publicado por Rui MCB 00:20:00  

10 Comments:

  1. zazie said...
    não. Não é nessa arbitrariedade que estamos. Basta ler passagens do processo para se saber que não é tudo ficção.
    A menos que se recuse os factos e prefira acreditar que se vive numa República das Bananas onde a justiça é a mais complta fantasia.

    Acredito que haja quem deseje transmitir essa ideia. Como também acredito que a dita justiça seja manipulada dentro do que é possível manipular. Agora que o Caso Casa Pia é ficção ninguém com o mínimo de boa fé é capaz de o afirmar.
    zazie said...
    e também sou capaz de distinguir o que escreve o Manuel do que ficciona a Ana Gomes. Pelo simples motivo que nunca vi o Manuel a atirar urdiduras para o ar. Nem ele nem ninguem aqui da Grande Loja. O que têm feito é desmontar os erros dos jornais, os erros de comentadores e fazer vir ao cimo o que é matéria de facto.

    Que este caso lhe mexa com as tripas pelo abjecto que contem é outra coisa...
    zazie said...
    e alterava o título do post para Casa Pia uma questão de má fé.
    Anónimo said...
    Santa ingenuidade. Ainda não perceberam que está muita gente borrada de medo, literalmente falando, a começar por esta loja, basta ler alguns dos últimos posts para detectar ao cheiro virtual. Terrorismo!!!! eh eh eh eh eh eh.
    zazie said...
    e as únicas pessoas que levam para um ou outro lado ou são os acusados e respectivos advogados ou os aficionados políticos. O que não é o caso da Grande Loja mas é nítido ser o da Ana Gomes e de muitos histéricos e grosseiros comentadores que por aqui aparecem a chamar Nelito...
    zazie said...
    o comentário anterior é um bom exemplo do que acabei de dizer. Das duas uma ou se tem conhecimentos de factos que implicam o Manuel e então que se diga. Que se denuncie até isso publicamente. Se não se tem fique-se calado que mais parece conversa de porteira.
    Manuel said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    zazie said...
    e a ideia que tudo fica claro se a justiça for praticada por justos é uma ideia tão simplista que nem percebo onde é que o Rui quer chegar.
    Como tmbém não percebo o que quer dizer com as nuvens... nuvens.
    Mas isto sou eu que tenho a mania de falas curtas e cabeça fria...
    Manuel said...
    ó Carteiro,

    santa ingenuidade! uma coisa é o sistema funcionar mais ou menos homogeneamente mal outra bem diferente é ter um funcionamento selectivo.

    Quanto à questão da prisão preventiva é óbvio que está mal, muito mal. Aliás já aqui se escreveu em tempos que o problema só se resolve quando se repensar a sério e sem tabús o método de abordagem e "combate" ao uso de drogas (leves e pesadas)...
    Rui MCB said...
    Mas qual arbitrariedade, Zazie? Eu não disse que estamos na estaca zero, não escrevi que era tudo ficção. Tenho é muitas dúvidas se não estaremos a "jogar o jogo". O jogo da descredibilização total. Objectivamente acho que ninguém no processo pode puxar dos galões da sobriedade e da ausência de mácula e essa é quase sempre a consequência de sucessivas "fraquezas": a tentação de puxar o público para o seu lado com todos os meios possíveis - e pecados desses vi-os dos "dois lados" - e para que não haja dúvidas posso-me refirir mais que não seja a simples declarações televisivas de procuradores e advogados de defesa.

    Os que não são ingénuos já não o são neste momento, os outros continuarão o seu caminho emprenhando com o que quiserem. Tenho é dúvidas se os "indecisos" gostarão de batalhar pela justiça com o contínuo presenciar de uma batalha campal. E não sei se servirá de apoio a quem terá de decidir. E esse alguém para todos os efeitos não sou eu, nem deverei ser.

    Havemos de fazer algum balanço do processo e dos seus actores no devido tempo. Algums ilações colaterais já estão a ser tiradas quanto ao segredo de justiça por exemplo. Serão as melhores? Ora aí está um debate em aberto. E útil. QUe dirá o Sócrates sobre a proposta de lei relativa aos jornalistas e ao seu trabalho com a possibilidade de serem coajidos s divulgar fontes?

    No caso concreto destas declarações gravadas o que é que elas nos deverão interessar? Zip! Nicles!
    Temos mais um fait divers e seja qual for o sub-produto que aí vier eu só tenho de o ignorar. Não deverei ser eu a escrutiná-lo via jornais.
    Saber os quês e porquês desta mini-história dentro da história com provas irrefutáveis e proceder à sua divulgação já seria interessante. Mas adivinho tarefa difícil. De qualquermodo, é desse tipo de ataques e apenas desses que precisamos para prestar um serviço à justiça deste e de futuros processos.
    Ir além disso, tomar partido, é campo minado e não honra o Estado de Direito. Para mais já se criou a dúvida razoável para o comum cidadão ficar na dúvida quanto aos objectivos de uma manipulação: é dos próprios ou dos outros que querem parecer que seja dos próprios interessados?

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