aditamento...

Há uns tempos atrás um respeitabilissimo personagem da nossa praça afirmou ao telefone que


Estou-me cagando para o segredo de Justiça.

À época não faltou gente - inclusivé o PR - a contextualizar o estilo coloquial da conversa e a desculpabilizar o vernáculo de tão ilustre personagem... É esta mesmísima gente que vem agora criticar a coloquialidade do trato de Sara Pina com um jornalista ? Tenham dó.

Há ironicamente um ponto em que ninguem toca, porque não convém - Sara Pina tem de facto uma certa má consciência (quando pede o off) ao falar com o jornalista, tem-na, pura e simplesmente, não porque esteja a violar o segredo de justiça (respondeu apenas a perguntas, nõa falou como "cidadã" ou fez "análise política" como o pedagogo) mas porque sabe - como toda a gente - que o sistema está desde há muito viciado, e as presentes regras comunicacionais protegem nesta matéria concreta toda a gente - como já aqui se escalpelizou - menos o interesse da PGR/MP... Mas isto é obviamente uma minuência que não interessa discutir.

Uma última nota para recordar que aqui não há coros nem vacas sagradas... Pacheco Pereira não é nem mais nem menos que todos os outros...


Publicado por Manuel 16:52:00  

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    manel

    deve haver algo que me escapa
    mas dar com a lingua nos dentes esta errado emqualquer caso

    e porquwe é que o PGR não quis investigar as fugas de informação e estará ele imune a erros


    esta merda afinal o que é???


    uma cabala contra o PS

    iuma cabala para safar o pedroso
    uma cabala para safar o Portas????
    josé said...
    Caro anónimo:

    O Salvado, diz, numa das gravações, que está convencido de que as fugas de informação, ou seja, as violações do segredo de justiça, ocorreram algures no trânsito do processo entre a sede da investigação, (no MP de João Guerra e as duas colegas, mas os agentes da PJ entre os quais figurava Rosa Mota), e a Relação. Comungo da mesma convicção.
    Estou convencido também que nem o Salvado terá violado flagrantemente o segredo de justiça.

    A primeira violação grave, ocorreu com a transcrição das gravações que iam apensas à motivação de recurso do MP para a Relação, onde se mencionaca aquela célebre frase do Ferro para demonstrar até onde estava disposto a ir o mesmo para torpedear a marcha da justiça, ou seja, para a obstruir, como tentou, ao falar com os correligionários. As gravações e a sua divulgação demonstraram isso à exaustão.

    Antes dessa violação já tinha havido outras, entre as quais a divulgação quase pública do primeiro acórdão que manteve a prisão de Carlos Cruz.

    Depois disso, foi bastonários a falar; advogados a falar e a fazerem tudo pelos seus constituintes, numa parada de violações em série e sempre que eram precisas para demonstrar à audiência dos telejornais a inocência dos arguidos.

    Depois disso, e do consenso a que se chegou no sentido de se entender o absurdo que é o actual sistema de segredo de justiça, as mudanças tímidas que o PSD inroduziu e as incríveis que o Jorge Lacão queria introduzir, dizem tudo ou quase tudo da nossa classe política.

    Acresce ainda que há um magistrado encarregado do processo de averiguação desses violações do segredo de justiça. Há meses que Domingos de Sá,laboriosamente se encontra a ouvir pessoas e a recolher provas dos crimes.

    COnseguirá alguma coisa?! Duvido.
    Para além do mesmo Jorge Lacão e do Rodrigo Santiago e mais alguns em relação aos quais parece haver já provas documentais ( registos na imprensa, como aqui já foram referidas em seu devido tempo), não sei se será possível descobrir mais alguma coisa. O processo já se desenrola há meses...vamos a ver.

    NEstes processos, a investigação pouco mais pode ir além da mera audição de pessoas e estas dizem o que dizem...
    Estas gravações agora divulgadas NÃO SERVEM como prova. NÃo SERVEM porque no caso Fernando Negrão provas idênticas também não serviram, em decisão do tribunal da Relação. Aqui não é a América. E por isso, as provas existirão; até podem ser transcritas na imprensa, mas nunca poderão servir para condenar seja quem for, porque são provas proibidas.

    Ora, segundo a lógica dos arguidos ( um deles até escreveu um livro com esse subtitulo chapado) ninguém é culpado até assim ser julgado com trânsito desse julgado.
    Logo, nessa lógica é um perfeito abuso o que alguns membros do PS mais inflamados andam a fazer; o que os barenabés desvairados andam a embandeirar e até o pobre Pacheco Pereira embarca nessa ignomínia.
    A razão e o bom senso, às vezes, falha em quem menos se esperaria...
    Anónimo said...
    Este Manuel parece o Manelito de Quino na Mafalda: sacana, intriguista, cobarde, frustrado e canalha.

    Sob uma capa moralizadora e de integridade, que tem sempre o cuidade de auto-declarar que é sério e nada o move a não ser a verdade, contudo, não deixa de exibir qual o alvo do seu ódio.

    Este manelito da queijo é canalha. Ferro declarou numa conversa privada que estava a cagar para o segredo de Justiça. Esse é um facto. E Ferro violou o segredo de Justiça? Pelo que se sabe, e como as autoridades não tomaram nenhuma medida contra ele, Ferro NÃO violou o segredo de Justiça.

    Quem violou o segredo de Justiça foram, entre outros, o Correio da Manhã, a própria PGR com fugas do seu interior e Adelino Salvado. Aqui está nesta pocilga a identificação dos PORCOS, suínos de carácter. Mesmo que AS - como insinua a GLQL - apenas tivesse opinado sobre coisas que desconhecia, a sua intenção é clara. E isso é inadmissível a quem ocupa o cargo que AS ocupava. Há que ser sério, e AS não o é. Nunca foi.

    Ora, analisando o que tem escrito o manelito porcalhão, resta saber quais os seus interesses. Sim, porque já julgou e condenou Ferro, e menoriza actuações gravíssimas de orgãos do Estado. O que diz o manelito? Nada porque é autista... e cobarde.

    Duvidador.

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