9 Minutos de Fama…
sábado, julho 24, 2004
Só hoje e passados quase 20 dias é que consigo falar daquele nefasto dia 4 de Julho de 2004. O dia da independência da América e que esteve a um escasso golo de se tornar o verdadeiro dia de Portugal.
Provavelmente, muitos terão abandonado o estádio desfeitos por dentro e por fora, tão perto e tão longe, aquela linda festa no final que tinha tudo para ser nossa, mas que uns Deuses gregos arrebataram em pleno Olímpio. Para muitos como eu que tiveram o prazer de estar no estádio naquele dia, existiram alguns momentos que se tornaram eternos.
Portugal, como país, demonstrou que sabe organizar. Ainda que possamos na essência ter sido criticos quanto à decisão não de organizar, mas de construir 10 novos estádios numa altura em as finanças públicas do país não se encontravam para desvaneios, a verdade é que se quissemos resumir todo o Euro-2004, poderíamos apenas centrarmo-nos na cerimónia de encerramento.
Os adjectivos são parcos para qualificar, aqueles nove minutos que o protocolo desportivo designou para a cerimónia. Normalmente nós os portugueses estamos habituados a ver cerimónias na televisão que achamos fastidiantes e sem graça. Desta vez no estádio, e depois de visionar em casa na televisão, fiquei com a certeza que teremos realizado provavelmente a melhor de todas as cerimónias.
Se na cerimónia de abertura foram invocados os descobrimentos, com uma réplica de uma caravela, e as chaves que os portugueses utilizaram na abertura dos caminhos do mundo, na cerimónia de encerramento, diante de uma enorme e magnífica calçada portuguesa, foi utilizada a caravela do futuro, aquela que nos poderá transportar para um futuro melhor e diferente, condizente e respeitando sempre os valores e os designíos nacionais ali representados pela calçada portuguesa.
Que os governantes saibam compreender, a mensagem, e que na caravela do futuro nunca falte timoneiro, capaz de levar Portugal em busca de mais e melhores caminhos.
Publicado por António Duarte 20:14:00
E até a festa final, de entrega da Taça, teria sido maravilhosa, tão bem preparada estava.
Fiquei ali a olhar para o vazio a pensar como tinha sido possível, mas a verdade é que, na última meia hora de jogo, tinha-me ido gradualmente mentalizando para a (im)possibilidade de darmos a volta ao resultado. Foi pena!
Bem sei que não será igual, mas tenho a esperança de assistir, dia 28 de Agosto, em Atenas, a uma grande festa portuguesa!...
Quero afirmar que o material que se utilizou para cobrir o relvado é uma tela especial conhecida como "Mesh" e foi impressa numa empresa portuguesa de nome Labo2, da Amadora, assim como as duas grandes bandeiras que entraram para o estádio.
Penso que é também motivo de orgulho ter sido uma empresa portuguesa a fazer tamanha exibição quando nem sempre os governantes apoiam as empresas deste país e vivem a criticá-las com a velha frase "Os portugueses são detentores de uma baixa produtividade", quanto a mim uma total falta de respeito por tudo de bom que neste país também se faz.