Uma choldra

Jorge Sampaio, em nome da estabilidade, parece determinado em afastar a única solução democrática na sequência do abandono do Governo por Durão Barroso - a realização de eleições antecipadas.

E, de uma penada, faz um favor ao PSD, ao PP e ao PS - aos dois primeiros prolongando, generosamente, o seu tempo de vida governativo; ao segundo, dando-lhe tempo para se preparar internamente para a tomada do poder.

E o país que se dane - no entender de Sampaio não merece mais, nos próximos dois anos, que aguentar a dupla de opereta Santana Lopes/Paulo Portas, a quem este país, da direita à esquerda, jamais daria os votos suficientes para governar Portugal!

Que palavras tão certeiras nos deixava aqui há pouco o Carteiro:


... ao contrário do crédito que demos ao valorosos jogadores, temos muito pouco mais a quem dar crédito. Não nos revemos em quem nos lidera, nem em quem, previsivelmente, venha a governar-nos.


Neste país, mesmo quem não votava no Presidente da República eleito acabava por se rever nele enquanto último reduto de bom senso nos momentos politicamente mais difícieis.

Até esses tempos acabaram.

Resta-nos o futebol, pelo menos até à próxima quarta feira.

O tempora! O mores!

kamikase in incursões


Publicado por Manuel 22:33:00  

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