"Marcelo", o abutre

Marcelo Rebelo de Sousa considera que o Congresso do PSD deve servir para o partido falar aos portugueses e expor as linhas programáticas para o futuro, com as autárquicas como tema essencial. «Era bom pôr autarcas a fazer discursos e a anunciar recandidaturas», disse. «Se for para discutir se o Valentim fica ou não fora, se o Arnaut sai ou não de secretário-geral, não vale a pena. Por muito importante que seja, isso não interessa aos portugueses», sublinhou sexta-feira à noite em São João da Madeira.

Para Marcelo, a organização do 25.º Congresso deixa muito a desejar. «Entrega de moções a oito dias do Congresso? É uma coisa do outro mundo. Se a ideia é fazer algo confidencial, é genial», apontou.

Sobre o Governo, disse que dois dos grandes problemas são a falta de explicações ao país, dando como exemplo os ministros da Saúde e da Educação, e a escassa actividade de dirigentes nacionais. «Há poucas iniciativas do partido», justificou, reafirmando a necessidade de uma remodelação governamental nas pastas da Economia, Administração Interna, Ambiente e Justiça. «São sectores onde, por razões diferentes, devia haver renovação de pessoas», salientou.

Para os mais distraídos, este Marcelo é o mesmo que numa das suas homilias dominicais achou genial a ideia de Durão de marcar um Congresso nas vésperas das eleições europeias, na prática inviabilizando qualquer espécie de debate interno, e no mesmo fim de semana do casamento real aqui ao lado em Espanha, inviabilizando qualquer efeito mediático sério já que se o houver será sempre, só e apenas, pelas piores razões.

Ainda sobre este Governo, segundo as revistas do social José Luis Arnaut está de novo sem namorada. Bem me parecia que lá no fundo, no fundo, este Governo nunca foi realmente laranja mas continou simplesmente tão cor de rosa como o anterior...

Publicado por Manuel 04:16:00  

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