Acerca da Convenção ...

Terminou sem novidades de monta a convenção para as europeias do PSD a que eufemisticamente foi dado o nome de XXV Congresso do PSD.

Marcado numa data intencionalmente idiota para não mais servir do que para cumprir calendário há mesmo assim alguns pontos que merecem ser relevados...

  • A eleição de Durão Barroso, mais a sua paupérrima lista para a Comissão Política Nacional - da qual apenas se destaca o regresso do antigo, e de novo, speech writer, e ex chefe de gabinete do PM, José Matos Correia - com 100% do votos. Como termo de comparação, Pinto da Costa na sexta feira passada conseguiu uns míseros 99,25% dos votos aquando da sua reeleição para a presidência do Futebol Clube do Porto. Como não é suposto o PSD ser um clube de futebol, estamos conversados.

  • A pauperidade estatégica - mesmo táctica - e sobtretudo ideológica de praticamente todos os intervenientes. A única alma que, pasme-se, apresentou um discurso com conta, peso e medida, concorde-se ou não integralmente com ele, porventura a pensar no day after foi Luis Marques Mendes.

  • A incapacidade do PSD em, no poder, se reformar - as mesmas caras, o mesmo discurso, a mesma cassete.

Em suma esta convenção, decorrida num qualquer universo paralelo onde no se pasa nada desligado da realidade, não serviu rigorosamente para nada.

Ora, um destes dias a realidade vai chocar com o PSD, e com Durão Barroso. Nessa altura ocorrerá então o verdadeiro XXV Congresso já que por enquanto a intriga segue apenas nos corredores, onde está toda a gente que verdadeiramente conta a, não ser que se reconheça alguma representatividade ao pictórico elenco da eleita Comissão Política ...

P.S. 1. O absoluto à vontade com que se movimentam, e pululam, neste PSD personagens como Isaltino Morais e António Preto é sintoma de uma absoluta crise de valores, e princípios, já vista noutros lados, e que não augura nada de bom...
P.S. 2. Vitor Cruz daria certamente um excelente Presidente do Governo Regional dos Açores. O triste número de Barroso sobre o alegado deficit democrático açoreano - vindo de alguém que nunca teve uma palavra, uma silaba sequer, para por no sítio Alberto João Jardim, reduziu provavelmente a zero as escassas hipóteses do PSD reconquistar os Açores. Vitor Cruz não merecia.


Publicado por Manuel 19:50:00  

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