uma mão cheia de nada

Jorge van Krieken é o protótipo daquilo que se pode designar por um alquimista. Longe vão os tempos onde os seus conhecimentos mágicos eram aplicados a verbas do Fundo Social Europeu mas, verdade seja dita, a criatura mantem a forma.

Passem alguns acidentes de percurso, como o prometido livro ainda não ter saído, o Expresso lhe ter cortado a chucha (o que originou esta lancinante e edipiana prosa) JVK, através do reporterX, voltou à carga desta vez sobre a forma de um pseudo ataque ao Procurador Geral da República, o qual não é mais de uma sublime auto-confissão de impotência e resignação.

Pelo meio e não vá a justiça funcionar há que vitimizar-se q.b. e voilá nos entretantos sai-se com esta pérola ...

"É altura de dizer de forma bem clara, que estou a investigar suspeitas de prevaricação, tráfico de influências, calúnias e difamação, abuso de poder e denegação de justiça. Se isso inclui associação criminosa ou não, é coisa que mais tarde alguém terá de averiguar.
 
Se provar, publico. Se não provar, não publico. Tão simples quanto isto. A não ser que alguém me execute antes disso, à boa maneira latino-americana."

Em suma, o tal alquimista, tem uma mão cheia de nada! e nem os seus limitados e cada vez mais cerceados passes de mágica lhe permitem demonstrar o contrário. "Smoke & mirrors" como dizem os ingleses ou "much ado about nothing" como diria Shakspeare.



Porque o que tem que ser tem muita força e se é possível enganar muita gente durante muito tempo mas não é possível enganar toda a gente durante todo o tempo.

Ainda a este propósito convém aqui recordar que Sherlock Holmes resolveu um dos seus casos, o de um valioso cavalo roubado, através da constatação de um fenómeno muito simples - o cão não tinha ladrado

A observação de quem "ladra", quando
e a que propósitos, e vice-versa, é, abone-se, um instrumento fundamental para a compreensão da nossa história contemporânea.



Publicado por Manuel 17:22:00  

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