A Revolução!
domingo, abril 04, 2004
Estes pândegos continuam a acreditar em amanhãs a cantar!
"A Revolução Ou É Um Processo Mundial Ou Não É"
Fausto Berttinoti, secretário-geral da Refundação Comunista Italiana, chama-lhe simplesmente "o movimento", Miguel Portas, dirigente do Bloco de Esquerda e cabeça de lista às eleições europeias, fala em "movimento dos movimentos". Ambos se referem ao movimento anti-globalização no qual põem todas as suas esperanças para realizar a revolução contra a globalização capitalista que domina o mundo.
"A revolução ou é um processo mundial ou não é", disse ontem Berttinoti no "acto político" da Festa do Bloco de Esquerda. O político italiano começou por dizer que "o movimento" anti-globalização é a "principal novidade da política" nos últimos anos. Perante o capitalismo que impõe uma grande hegemonia e o pensamento único e que se torna mais forte porque "os seus antagonistas se tornaram fracos", aconteceu um "facto novo: nasceu um movimento no mundo para lutar contra os efeitos do capitalismo".
Esse movimento, disse, "não é filho de Novecentos, é filho e adversário da globalização capitalista" e nasceu para contrariar o massacre social, a destruição do ambiente e da natureza. "Só este movimento pode lutar contra as guerras e o pensamento neo-capitalista", afirmou Berttinoti, que antes já tinha dito: "Nenhuma política se pode tornar eficaz na mudança da sociedade se não for mundial."
Para o comunista italiano "guerra e o terrorismo são irmãos gémeos do tempo da revolução capitalista", são "as formas de governo" deste tempo. "Este capitalismo não é capaz de governar pelo consenso", continuou Berttinoti, para quem "a barbárie está no mundo" e já "não é possível entrar no caminho dos pequenos ajustes".
Perante este cenário, "é preciso inventar um novo nós". Antes "'nós' era o partido, o proletariado, o sindicato". O "nós", agora, é "mais amplo", explicou Berttinoti: inclui o feminismo, a defesa do ambiente, os homossexuais, as lésbicas, os excluídos, os judeus e os palestinianos. O "nós" é uma "nova língua" que a esquerda tem de aprender a falar, porque "os partidos são necessários, mas não são suficientes". "Sinto o limite de cada partido, incluindo o meu", reconheceu o dirigente comunista italiano, para quem "a Europa pode tornar-se no primeiro lugar desta nova língua". O primeiro passo, conclui, pode ser a constituição do Partido das Esquerda Europeias (PEE), criado com a o objectivo de aglutinar os partidos de contestação às políticas neoliberais.
Foi sobretudo de Europa que falou Miguel Portas, que começou por anunciar: ""Procuramos uma nova ideia de revolução. (...) Uma revolução internacional não apenas como horizonte, mas como prática quotidiana, todos os dias." O dirigente bloquista defendeu que a alternativa aos limites da democracia é a transformação do regime democrático "num sistema económico e social alicerçado na vontade popular".
E passou a falar da Europa. Criticou a União Europeia "do directório", em que Inglaterra, França, Alemanha e Itália "dizem que nenhuma decisão é possível sem eles nem contra eles". Prometeu combate "em nome da democracia" ao actual projecto de tratado constitucional "em nome de um novo tratado com um processo constituinte". Garantindo que "o Bloco é uma esquerda europeísta", defendeu que são "urgentes nesta Europa" quatro sinais: fazer o combate à pobreza com enorme firmeza e fazer com que "também a protecção social convirja na Europa"; o fim do Pacto de Estabilidade e Crescimento "que vem alargando o desemprego" e a sua substituição por "um novo pacto para o emprego e para o crescimento"; a defesa de "serviços públicos pan-europeus" em várias áreas, como a saúde; e a garantia de benefícios para as periferias mediterrânica e eslava.
Em Agosto de 1968,saiu um single dos Beatles, contendo a canção Hey Jude e do lado B, Revolution. O Maio de 1968 tinha sido há meses, em Paris, mas em Londres também chegavam os ecos.
John Lennon era tipo atento a estas coisas e há agora quem conte a história da canção que acabou por ser incluida no LP conhecido como White Album, de Novembro desse ano.
Porém, aqui fica a história da canção ....
Então cantemos, com os Beatles, em coro, karaoke ou em surdina, a canção de Lennon, que se refere aos pândegos utópicos que nada aprendem ou esquecem...
You say you want a revolution
Well you know
We all want to change the world
You tell me that it's evolution
Well you know
We all want to change the world
But when you talk about destruction
Don't you know you can count me out
Don't you know it's gonna be alright
Alright Alright
You say you got a real solution
Well you know
We'd all love to see the plan
You ask me for a contribution
Well you know
We're doing what we can
But when you want money for people with minds that hate
All I can tell you is brother you have to wait
Don't you know it's gonna be alright
Alright Alright
You say you'll change the constitution
Well you know
We all want to change your head
You tell me it's the institution
Well you know
You better free your mind instead
But if you go carrying pictures of Chairman Mao
You ain't going to make it with anyone anyhow
Don't you know know it's gonna be alright
Alright Alright
Publicado por josé 16:41:00