O que diz Marinho...

O advogado e jornalista António Marinho Pinto faz juz àquela caricatura alegre: a ele ninguém o cala!

E vai daí, botou novamente faladura ao Primeiro de Janeiro. Para dizer o que costuma dizer- e mais!

Aqui fica um excerto:

"Disse o que toda a gente dizia. A ordem devia apoiar-me porque eu expus-me. E atraiçoaram-me. Por causa de um congresso por causa de interesses pessoais do bastonário. Por aquela farsa daquele congresso. Não saiu nada de lá. A Ordem capitulou de forma vergonhosa. Muitos já têm vergonha. Uma feira de vaidades. Só.A solução para os problemas da Justiça passa por uma mudança de cultura. Pela formação de mais magistrados, pela abertura de mais tribunais, pela progressão na carreira de forma transparente. É preciso que exista um órgão fiscalizador dos magistrados, que António Marinho e Pinho considera que se comportam como deuses e majestades; personagens com poder descricionário dentro da sala de audiência. O mais polémico advogado acredita até que os juízes têm prazer em mandar prender pessoas: só assim se explica que, com a mais baixa taxa de criminalidade, tenhamos o maior índice de presos na União Europeia.

E a associação sindical dos juízes é uma das causas principais para que a Justiça esteja “no lodo”. “O corporativismo granítico que prevalece” – garante - torna o mecanismo das promoções e das avaliações num instrumento de poder e de terror e os juízes acabam por ser cidadãos ininputáveis, que tudo podem.

Sobre o que o levou à destituição de presidente da Comissão dos Direitos do Homem da Ordem, Marinho não tem dúvida de que foi traído por José Miguel Júdice. Aliás, o advogado diz mesmo que a Ordem traiu todos os advogados. Pelas costas. E que o beneplácio do bastonário fez com que o cidadão da classe média fosse escorraçado dos tribunais: agora só os clientes dos grandes escritórios têm lugar. As pequenas causas atrapalhavam e entupiam os tribunais. E o segredo de Justiça só existe para cobrir a incompetência de investigadores e magistrados

Marinho considera ainda que o Governo não quer contribuir para a Justiça, porque acha que ela se deve pagar a si própria. E Celeste Cardona é responsável por uma das páginas mais negras da história da Justiça. O futuro, diz o advogado, não augura nada de bom, porque uma das listas que já formalizou a candidatura à Ordem é composta por um advogado que Marinho considera ser a continuidade da estagnação. "

Publicado por josé 02:46:00  

0 Comments:

Post a Comment