Do nosso correspondente na América, Joe Dalton, recebemos o seguinte dispatch:
Acabo de saber que Departamento de Estado deste país armado em polícia do mundo, verberou acidamente o vosso sistema de justiça.
Dizem que as vossas prisões não têm condições, estão sobrelotadas e há droga, violência, falta de condições de higiene e saúde e até maus tratos dos guardas prisionais.
Humm!
Então, vejam lá se é como aqui:
Mais por causa dos meus irmãos, tenho passado temporadas aqui, em algumas cadeias. São privadas e agora são uma indústria , para dar lucro.
Há por aí algumas más línguas que costumam dizer mal disto, aqui na América, que não nos deixam levar livros para as celas, por exemplo. É verdade - mas deixam-nos ver televisão! E têm o costume de aplicar choques com bastões electrificados - é verdade- mas é só aos piores e quando se portam mal. Já apanhei alguns. E tratam bem os "pretos"...
E quanto à ressocialização?!
Bem, a última tendência são as correntes nos pés, como havia nos anos sessenta.
Mas atenção! É só no Alabama. E as algemas, isso já nem conta. Filme em que apareça preso sem algemas, vale alguma coisa?!
E isto para não falar nos presos que andam a cantar a Guantanamera há longos meses, a fio, longe dos familiares que nem sabem se são vivos ou mortos; sem saber do que são acusados; sem poderem comunicar; sem terem direito aos Ricardos Sá Fernandes que também temos por cá.
Quanto à pedofilia e o vosso sistema de justiça, também, se calhar, exageram um bocado...
Aqui na América andaram a difamar os padres católicos quando na verdade só um pequeníssima percentagem deles, incluindo bispos, é certo, é que abusaram de crianças. Injusto.
No relatório não dizem, mas dá para desconfiar que às tantas, por aí , tendes caça grossa a esconder...e é por isso que o vosso sistema de justiça funciona mal. Modernizai-vos!
Aqui, é outra coisa. Vejam algumas estatísticas...
Nem vou falar da justiça à moda do Texas, só fica aqui um cheirinho a... cadeira eléctrica...
E também prefiro não falar do célebre juiz Roy Bean - cuja divisa era "Hang 'em first, try 'em later."
Mas podem consultar os links que vos mando e que ilustram bem a nossa tradição humanista que nos confere a vantagem moral de vos poder criticar sempre que alguém nos chame à atenção para o vosso sistema.
Assim, para terminar, apetece-me dar-vos conta desta pequena história e a compareis com uma que o vosso jornal Público publica hoje, a propósito da absolvição de um Justo, para lá do Marão.
Aqui fica a história - e as minhas despedidas, desejando-vos as maiores felicidades no vosso caminho certo de andaram aos tiros para os pés.
Dizem que as vossas prisões não têm condições, estão sobrelotadas e há droga, violência, falta de condições de higiene e saúde e até maus tratos dos guardas prisionais.
Humm!
Então, vejam lá se é como aqui:
Mais por causa dos meus irmãos, tenho passado temporadas aqui, em algumas cadeias. São privadas e agora são uma indústria , para dar lucro.
Há por aí algumas más línguas que costumam dizer mal disto, aqui na América, que não nos deixam levar livros para as celas, por exemplo. É verdade - mas deixam-nos ver televisão! E têm o costume de aplicar choques com bastões electrificados - é verdade- mas é só aos piores e quando se portam mal. Já apanhei alguns. E tratam bem os "pretos"...
“Although only 7% of the California population is black and blacks commit only 20% of all felonies, 43% of prisoners sentenced under this law are black. Of the more than 3,000 men and women on death row in the United States, 40% are black.”
E quanto à ressocialização?!
Bem, a última tendência são as correntes nos pés, como havia nos anos sessenta.
Mas atenção! É só no Alabama. E as algemas, isso já nem conta. Filme em que apareça preso sem algemas, vale alguma coisa?!
E isto para não falar nos presos que andam a cantar a Guantanamera há longos meses, a fio, longe dos familiares que nem sabem se são vivos ou mortos; sem saber do que são acusados; sem poderem comunicar; sem terem direito aos Ricardos Sá Fernandes que também temos por cá.
Quanto à pedofilia e o vosso sistema de justiça, também, se calhar, exageram um bocado...
Aqui na América andaram a difamar os padres católicos quando na verdade só um pequeníssima percentagem deles, incluindo bispos, é certo, é que abusaram de crianças. Injusto.
No relatório não dizem, mas dá para desconfiar que às tantas, por aí , tendes caça grossa a esconder...e é por isso que o vosso sistema de justiça funciona mal. Modernizai-vos!
Aqui, é outra coisa. Vejam algumas estatísticas...
Nem vou falar da justiça à moda do Texas, só fica aqui um cheirinho a... cadeira eléctrica...
“Felony offenses are divided into five types, from the most serious felony to the least serious, and are also defined by their punishment. With the exception of persons committing capital felonies, habitual offenders, and certain other violent offenders, persons sentenced for felony offenses are eligible for placement under community supervision. A capital felony offense carries punishment of life in prison or the death penalty. A first degree felony is punishable by five to 99 years in prison and a fine not to exceed $10,000. Second degree felonies carry a punishment range of two to 20 years in prison and a fine of up to $10,000. Third degree felonies carry a punishment range of two to 10 years in prison and a fine up to $10,000. State Jail felonies are punishable by a term of 180 days to two years in a state jail facility and a fine of up to $10,000.
E também prefiro não falar do célebre juiz Roy Bean - cuja divisa era "Hang 'em first, try 'em later."
Mas podem consultar os links que vos mando e que ilustram bem a nossa tradição humanista que nos confere a vantagem moral de vos poder criticar sempre que alguém nos chame à atenção para o vosso sistema.
Assim, para terminar, apetece-me dar-vos conta desta pequena história e a compareis com uma que o vosso jornal Público publica hoje, a propósito da absolvição de um Justo, para lá do Marão.
Aqui fica a história - e as minhas despedidas, desejando-vos as maiores felicidades no vosso caminho certo de andaram aos tiros para os pés.
"Nearly a third of the New York State prison population — roughly 19,000 inmates — are serving time for drug crimes. Many are incarcerated under the Rockefeller Drug Laws, which mandate minimum sentences regardless of extenuating circumstances. Darryl Best, 45, is one of these inmates
On November 3, 2000, Best signed for a Fed Ex package that came to his uncle's Bronx apartment building. The package contained just over 16 ounces of cocaine, and the deliveryman was an undercover cop.
The package came from Waco, Texas and it was addressed to "Linda Williams"; Best's uncle had a neighbor named Doreen Williams. Though accounts differ, it is agreed that Best signed for the package, estimated to be worth $14,000 on the street.
Under the Rockefeller Laws, anyone convicted of possessing over four ounces or selling over two ounces of a controlled substance (an A-1 felony) must serve a minimum sentence of 15 years to life.
The Bronx County prosecutor's office offered Best a sentence of 18 months to 4-1/2 years if he pleaded guilty. Best, maintaining his innocence, refused to accept the plea bargain and went to trial. Despite the muddled circumstances and Best's clean record, the jury found him guilty, and on October 23, 2001, he was sentenced to 15 years to life. He is currently at the Eastern New York Correctional Facility in Napanoch, New York."
Joe DaltonOn November 3, 2000, Best signed for a Fed Ex package that came to his uncle's Bronx apartment building. The package contained just over 16 ounces of cocaine, and the deliveryman was an undercover cop.
The package came from Waco, Texas and it was addressed to "Linda Williams"; Best's uncle had a neighbor named Doreen Williams. Though accounts differ, it is agreed that Best signed for the package, estimated to be worth $14,000 on the street.
Under the Rockefeller Laws, anyone convicted of possessing over four ounces or selling over two ounces of a controlled substance (an A-1 felony) must serve a minimum sentence of 15 years to life.
The Bronx County prosecutor's office offered Best a sentence of 18 months to 4-1/2 years if he pleaded guilty. Best, maintaining his innocence, refused to accept the plea bargain and went to trial. Despite the muddled circumstances and Best's clean record, the jury found him guilty, and on October 23, 2001, he was sentenced to 15 years to life. He is currently at the Eastern New York Correctional Facility in Napanoch, New York."
Publicado por josé 16:37:00
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