notas soltas ...

  • sobre José Matos Correia, durante anos fez Barroso flutuar literalmente no vácuo, alimentando a imagem do seu protegido/protector como uma espécie de destinado. Muitas vezes só, ou quase, desde speech writer - fracote - a mestre de cerimónias fez de tudo. Esmagado pelo insustentável leveza da vacuidade do actual primeiro-ministro, resta-lhe um caminho - a vida académica e nada mais. Na dura arimérica barrosista não vale votos em  nenhuma frente. expendable simplesmente. Até pode chegar a ministro numa fase terminal mas quererá então ele então isso?

  • sobre o Clube do Chiado, é apenas o PS pós-terramoto a preparar o terreno. Note-se o alto patrocínio de Jorge Coelho e a ausência de Sócrates.

  • Sobre o Semanário,

    "Nos negócios do Poder, entre o PS e o PSD, o "Jornal de Noticias" é um jornal que ficou na órbita dos socialistas. Não é credível que a divulgação da carta anónima que alegadamente incriminaria o Presidente da Republica pudesse ser publicada como manchete no primeiro dia de Janeiro, sem que o Presidente, ou alguém por ele e que lhe fosse próximo, tivesse disso conhecimento. Isto é grave: o que estou a dizer é que o proprio Presidente da República, ou alguem por ele, ao deixar o seu nome envolver-se na lama do processo Casa Pia, estava a dar uma machadada se não definitiva, pelo menos decisiva, na credibilidade do processo Casa Pia e na investigação da Procuradoria da República"

    O que não é credível, e nada abona em favor de Sampaio, é quase uma semana depois não haver uma reacção a esta prosa do director do Semanário himself. É certo que em relação à carta anónima Sampaio demorou cinco dias a reagir (esperando convenientemente que a plebe viesse de férias de modo a maximizar a visibilidade da sua irritação), já em relação à notícia do Expresso, relativa à sorte do felino constipado,a reação foi no dia (de modo a minimizar a visibilidade do mesmo desmentido e alimentar a "fraqueza" do PGR), em relação a esta prosa, que acima se cita, não haverá reacção.

    Sampaio, está visto, acaba sempre por pôr interesses superiores acima dos que deveriam ser os seus.

  • Sobre o PP e a coligação. De um ponto de vista moral este PP é infinitamente mais eclético que o PSD. Nuno Melo em tempos até queria meter uma proposta que legalizava as uniões de facto entre casais do mesmo sexo e até na questão do aborto várias vozes se levantaram com posturas very light.  O drama do PP é  outro, é um Partido artificial sem aparelho e bases fixas,  logo que comunica directamente com o eleitorado. Aquilo que Portas e Nobre Guedes sabem é que há meia dúzia de coisas que o eleitorado tradicional do PP não engole e, por isso temos um Partido refém da sua própria hipocrisia.

    Quanto à coligação e aos ziguezagues do costume, a explicação também é simples, uma coligação faz-se para fazer alguma coisa, ou contra alguma coisa.

    Não há,  nunca ouve,  uma visão global para Portugal, nem da parte de Barroso nem da parte de Portas, também não há, não pode haver, dinheiro para satisfazer todas as clientelas. Reformas é um eufemismo que significa demasiadas coisas diferentes para demasiadas partes também diferentes. Na mais pura lógica darwinista os mais fortes, e com clientelas mais poderosas, vão-se unir e chutar os mais fracos. É o eixo Portas/Santana...

  • Sobre a Nova Direita, não existe, é um mito. As propostas ditas fracturantes apenas servirão em devido tempo para, tentar, abrir portas à esquerda a Santana.

  • De Guterres vai ser recordada a fuga, o défice e a monumental oportunidade perdida, de Durão vai ser recordado essa monumental estupidez que é o Processo de Regionalização em Curso.

    Sejamos francos, não se resolve nenhum problema criando  um layer adicional,  a prazo complica-seDurão, e a sua troupe, acham-se geniais, por ao mesmo tempo que pretensamente emagrecem o poder central alimentarem o poderoso lobby autárquico. Não funciona, por definição.

    Uma reforma a sério, implicava rupturas, verdadeira redefinição de conceitos, desde freguesias a juntas metropolitanas passando, suprema heresia por discutir sem falsos pudores, e sem a desculpa de que os socialistas estragaram tudo, a questão da regionalização. E passava pelo voto directo das estruturas eleitas e por impostos locais à inglesa. Se fosse a sério uma verdadeira reforma administrativa seria indissociável de uma reforma do sistema político, como deve ser, mas não é a sério, o que se está a implementar não é uma reforma, é uma palhaçada que como habitualmente só vai penalizar os contribuintes

    O PS critica mas não muito, já que o seu lobby autárquico, feliz e contente, não o permite. É o Bloco Central no seu melhor. Cavaco chamar-lhe-á um dia, a esta reforma, um mostro...

  • Sobre David Justino apenas um facto, foi vereador de Isaltino. Sobre a que foi vereadora de Santana Lopes na Figueira, também há-de chegar a hora.



  • Sobre a proto candidatura presidencial de Constâncio, puro Génio. Ainda o vamos ver, Vitorino o permita, a líder do PS, com o patrocinio do Clube do Chiado, e de Jorge Coelho. É a vingança, pura e dura.

  • Sobre Carrilho e Santana, dois profissionais a arregimentar clientelas. Ambos deram bem conta de sí, cada um em seu tempo, na frente  cultural. Santana já provou que é capaz de as fidelizar noutras áreas, Carrilho ainda não.

    Sobre o livro, apenas duas notas, a presença de Durão Barroso (o que mostra em que pé anda a cotação da MNE nestes dias ...) e a presença do Frank Nitti de Dias Loureiro, Daniel Proença de Carvalho.

  • Sobre a Casa Pia. Está para breve o livro bomba de Van Krieken. Talvez explique a estranha sintonia da Nova Democracia de Monteiro, com o sistema instituído. Será que afinal também há pedófilos na Nova Democracia, ou será outra a coisa?

  • sobre a lei da Imprensa, é claro que enquanto se discute o sexo dos anjos, outras coiasa vão passando ao lado. É a contra programação no seu melhor.

  • sobre os biliões de dólares desviados em Angola e ontem notíciados pelo Público, seria útil saber o que pensam os adeptos da realpolitik. Será que se dão por felizes por uma boa parte desse dinheiro estar eventualmente em Portugal ? Foi para isso que serviu a ida de Barroso à boda ? Para atrair mais investimento ?


Santana Lopes sente
que está para chegar "um tempo novo", eu também, e espero que ele seja uma das primeiras  vítimas...

Publicado por Manuel 02:36:00  

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