Queirós

Os portugueses têm uma estranha tentação de dizer mal dos seus melhores e de pôr em causa o valor de quem é reconhecido internacionalmente.

Já vos tinha falado do caso de Figo. Outro exemplo é o de Carlos Queirós.



Acreditei no sucesso de Queirós desde que, em 1989, ele conquistou o primeiro título mundial para o futebol jovem português. O grau de admiração e confiança no seu trabalho aumentou depois de o conhecer pessoalmente. Queirós é, simplesmente, a pessoa que mais sabe de futebol que já conheci até hoje.

Isso é tudo? Não. Mas o resto ajuda a perceber o fenómeno: Queirós alia um enorme conhecimento teórico com uma grande capacidade de organização e liderança. Tem a noção de que, nos tempos que correm, a imagem é muito importante. Mas a imagem sozinha não basta: sem trabalho e sem resultados nunca poderia ter chegado onde chegou.



Queirós ocupa o cargo mais cobiçado por todos os treinadores no Mundo. Lidera a equipa técnica do melhor plantel do planeta. Alguém acredita que foi por sorte ou por alguma... ajuda divina?

Os media espanhóis têm-lhe colocado a fasquia elevadíssima, mas mesmo assim os resultados estão à vista: no Real Madrid, a única solução possível é ganhar. Muitas vezes, nem isso basta. É preciso ganhar e encantar.

O Real não ganhava em Barcelona para a Liga há 20 anos. Foi Queirós quem conseguiu quebrar esse enguiço. Esse feito já ninguém lhe tira.

Publicado por André 11:19:00  

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