Depois de na quinta, qual clã de avestruzes, todos os partidos politicos, com assento na Assembleia da Répública, terem concordado em não debater nada de essencial e imediato mas só e apenas a problemática do aborto, eis que no grandemente aclamado Congresso da Justiça acontecem coisas parecidas.
O telefone foi inventado antes do sec. XX e, recorde-se, já estamos no século XXI. Nós não temos dúvidas de que lá foram apresentados e debatidos temas e matérias relevantíssimas, mas reduzir o que lá se passou a uma polémica literalmente idiota, redutora e insensata sobre escutas telefónicas é no mínimo absurdo, mas até Durão já prometeu atender aos pedidos...
Sejamos francos e honestos, não é o regime de escutas que é perverso, per se, é a PJ que funciona mal, e seria bom que de uma vez por todas se admitisse isso e se tomassem medidas a sério.
Mais, o drama das escutas, não o é substantivamente por via das legais, é-o, e por força da evolução tecnológica, pelo facto de qualquer gato pingado, com meia dúzia de tostões, público ou privado, poder contractualizar escutas com quem muito bem lhe apetecer e a quem quiser.
Mais ainda, enquanto está tudo fixado nos telefones continua a lei da selva, nos layers que verdadeiramente interessam e que são os das comunicações, e arquivamento de dados por via electrónica e aí parece que todos, desde os partidos políticos à PJ (que apresenta ao Governo drafts de projectos-lei (!)), advogam o vale tudo. Portugal ainda há poucas semanas foi multado por se dar ao luxo de não transpôr simples directivas comunitárias com vista a proteção de dados pessoais.
É importante que se balize o jogo sim senhor, mas era também importante, que de uma vez por todas, se definisse o que se quer. As escutas serão más mas preferem a tortura, os agentes infiltrados, os delatores pagos, arrependidos à medida ?
Definitivamente, tanta gente que não as pensa ...
Entretanto o Juiz Conselheiro Pires Salpico resolveu hoje no Público aplicar um punch a José Miguel Júdice, daqueles que dá K.O. directo. Não sabemso se Pires Salpico é leitor regular desta Grande Loja, mas adoramos ver o homem a pegar, tal como nós aquí, no próprio dia, na questão socrática...
No sapificado Diário Digital o ex do DN, Mário Bettencourt Resendes, assume-se como talvez o primeiro português a concordar pública mas implicitamente com a aprovação, em França, por Chirac do relatório Stasi.
Para terminar o mesmo homem, Figueiredo Tulius Atritus Lopes, que ontem via nas críticas à sua pessoa, e actuação, uma cabala com vista a "derrubar o Governo" sendo que «Algumas das maiores dificuldade que foram colocadas ao ministro tiveram origem em pessoas do PSD» partiu hoje para o Iraque e logo para dar ânimo aos nossos valorosos GNRs.
Por aquí já tememos o pior, pois se o ânimo que der no Iraque ao nosso corpo expedicionário for igual aquele que dá aos seus colegas de Governo de cada vez que faz alguma coisa ...
Publicado por Manuel 19:34:00
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