o fantasma da ELF ...

No Expresso online está esta pérola:

Gás da Galp ajuda défice
 
A VENDA de 18,3% da Galp à Rede Eléctrica Nacional (REN) deverá ser feita em dinheiro, ao contrário da troca de activos que estava prevista, o que permitirá realizar dividendos extraordinários na Galp. O Estado, como accionista da petrolífera, receberá estes dividendos do grupo presidido por Ferreira do Amaral e a ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, poderá utilizar essas verbas para abater o défice orçamental.
 
Este processo só será concretizável este ano se Pires de Miranda - nomeado, por resolução do primeiro-ministro Durão Barroso, mediador das negociações entre o Estado e a ENI, o accionista italiano da Galp - obtiver um acordo até 28 de Novembro, data da próxima assembleia-geral da Galp.
 
Segundo o porta-voz das Finanças, a operação encontra-se longe de estar concluída, sendo pouco provável que tenha consequências orçamentais úteis em 2003. No entanto, as «virtudes» desta operação são óbvias e, na pior das hipóteses, beneficiarão o OE de 2004. Fontes da energia consideram que as Finanças terão vantagens em que a participação directa do Estado na Galp - de 34,8% - não seja reduzida abaixo dos 30%, para acederem a uma boa fatia dos dividendos extraordinários. Na venda dos 18,3% da Galp à REN, o Estado também encaixará a antecipação de dividendos que a Caixa Geral de Depósitos obtiver na venda dos 13,49% que detém na Galp.



Se o Conselho de Ministros aprovar ainda em Dezembro esta venda à REN, será acelerado o processo de transferência do gás da Galp para a EDP. O valor a pagar pela eléctrica para esta transferência pode ter como base a avaliação utilizada na venda dos 18,3% da Galp à REN. Ao contrário do que defende o presidente executivo da EDP, João Talone, é pouco provável que os 14,26% que a EDP detém na Galp cheguem para pagar as empresas de gás da Galp. «A EDP vai ter de entrar com dinheiro», observa uma fonte do sector, admitindo que «assim seriam maximizados os dividendos extraordinários».


Só falta explicar muito bem, muito bem mesmo, quais vão ser as mais valias extra dos italianos da ENI, e a margem adicional de manobra que isto lhes dá no contexto global das negociações, face a este manifesto e absoluto desespero das Finanças em querer cash ...

Publicado por Manuel 21:49:00  

0 Comments:

Post a Comment