Filhos de um Deus menor
segunda-feira, novembro 10, 2003
Tenho pena que o dr. Rui Frade (alegado psiquiatra) tenha entrado em depressão. Acho que, depois deste fim de semana, o País precisa , mais do que nunca, dos seus serviços - sobretudo na sua capacidade analítica em detectar amnésias lacunares.
O primeiro cliente do dr. Rui Frade bem poderia ser o Manuel Monteiro, que foi confirmado como presidente do PND (Partido da Nova Democracia). Partido cujo nome poderia ser PMA (Partido do Monteiro e dos Amigos).
Se analisarmos bem o discurso que foi destilado em Famalicão, o PMA não quer ser mais do que o Bloco de Esquerda da Direita. Resumindo: isto tá tudo mal e o dr. Monteiro, tal Neo, apresenta-se como o Escolhido para mudar o estado de coisas.
No fundo, isto será o regresso aos cartazes dos tachos, à demagogia - certeira a análise de Pacheco Pereira no Jornal da Noite da SIC - e a tudo o que possa valer um votos. Bem pregará Frei Monteiro que a política não é um catálago, mas será tudo uma questão de tempo para começar com as soluções "à la carte".
No último dia de convívio Manuel Monteirp lançou a acusação: «Quem manda [no País] é quem paga as sedes dos partidos»já agora, para clarificar: Quem pagava as sedes do CDS/PP quando foi líder?; e só mais uma coisinha: Quem pagou o aluguer do espaço em Famalicão; quem financia a Nova Democracia?
Há que tirar o chapêu à malta do Expresso por este delicioso título, no último sábado, a propósito de Ferro Rodrigues.
Apesar do discurso choramingas na Comissão Nacional, reavivando a teoria da cabala -
Ponham-se no meu lugar. O que aqui está em causa é a solidariedade política e quem tiver dúvidas que tenha a coragem de manifestá-las. Não foi apenas o Paulo Pedroso que foi incriminado. O meu nome também apareceu nos depoimentos [das testemunhas] e foram levantadas contra mim suspeitas criminosas. Aqueles que coordenaram estas calúnias foram os mesmos que fizeram a divulgação das escutas
A verdadeira nota de interesse prende-se com a intervenção do provedor do militante socialista, Jorge Coelho. Numa única frase, Coelho disse tudo:
Damos-te uma oportunidade
A mesma coisa que um treinador de futebol diz a um jogador das reservas: «Vai lá, mostra o que vales», já sabendo que o tipo não se aguenta mais de meia hora em jogo.
Só por isto, percebe-se que Ferro não é um lider. Vive à mercê da corte, vigiado, sitiado, à espera que ela decida o seu futuro.
Perante tal quadro clínico, o dr. Rui Frade analisaria assim a questão: SPTPTM - Suicídio para todos e por todos os meios. ("Como me tornei estúpido", Martin Page, ASA)
Publicado por Carlos 11:48:00
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