e agora algo de completamente anormal ...
terça-feira, novembro 18, 2003
.. que é meter-me no meio de uma troca de mimos entre dois antigos correligionários do mesmo partido (CDS/PP) agora em barcos separados
Afirma Rui Albuquerque :
A gratidão não é, decididamente, uma das características da humanidade.
Veja-se o caso de Pinto da Costa que criou uma das poucas marcas portuguesas universalmente conhecidas (as outras serão, talvez, a SONAE e o BCP, ainda que em mercados muito especializados), sendo escusado repetir o que o Porto e Portugal ganharam com isso.
Ao longo da sua presidência de mais de vinte anos, lembro-me de o ver atacado por quase todas as razões e motivos: negócios menos claros, a arbitragem, o guarda Abel, a agência Cosmos, o carácter, a educação, o bairrismo, a dimensão da área comercial do novo estádio, a ausência de convites ao Presidente da Assembleia da República, etc. Há até quem compare a sua direcção à família dos Sopranos o que, tendo alguma graça, não deixa de ser ridículo e absurdo.
O que é verdade é que Pinto da Costa é a parte mais importante da história deste clube, que é, actualmente, a principal referência da cidade e da região onde se encontra inserido. E de Portugal, também. Sem dúvida que será um homem de excessos e de facetas desiguais, mas é um líder, uma referência e um construtor, que já ganhou tudo o que tinha para ganhar e que soube ter a superior inteligência, quando lhe acenaram com a política e Lisboa, de ficar no sítio onde sabe ser muito bom: o Futebol Clube do Porto.
Se têm alguma dúvida, desafio-os a fazer uma experiência: "peguem" num bom lisboeta, num assumido alfacinha e ponham-no a falar sobre o Porto. Ouvirão todos os clichés, a pronuncia, o metro, o comboio e a auto-estrada para Lisboa, o clima, o dialecto-morcão, etc.. Depois, no momento em que ele estiver mais animado, peçam-lhe para falar no Presidente. Perguntem-lhe o que pensa de Jorge Nuno Pinto da Costa. E verão como, em segundos, perderá a têmpera, o riso e o raciocinio.
Veja-se o caso de Pinto da Costa que criou uma das poucas marcas portuguesas universalmente conhecidas (as outras serão, talvez, a SONAE e o BCP, ainda que em mercados muito especializados), sendo escusado repetir o que o Porto e Portugal ganharam com isso.
Ao longo da sua presidência de mais de vinte anos, lembro-me de o ver atacado por quase todas as razões e motivos: negócios menos claros, a arbitragem, o guarda Abel, a agência Cosmos, o carácter, a educação, o bairrismo, a dimensão da área comercial do novo estádio, a ausência de convites ao Presidente da Assembleia da República, etc. Há até quem compare a sua direcção à família dos Sopranos o que, tendo alguma graça, não deixa de ser ridículo e absurdo.
O que é verdade é que Pinto da Costa é a parte mais importante da história deste clube, que é, actualmente, a principal referência da cidade e da região onde se encontra inserido. E de Portugal, também. Sem dúvida que será um homem de excessos e de facetas desiguais, mas é um líder, uma referência e um construtor, que já ganhou tudo o que tinha para ganhar e que soube ter a superior inteligência, quando lhe acenaram com a política e Lisboa, de ficar no sítio onde sabe ser muito bom: o Futebol Clube do Porto.
Se têm alguma dúvida, desafio-os a fazer uma experiência: "peguem" num bom lisboeta, num assumido alfacinha e ponham-no a falar sobre o Porto. Ouvirão todos os clichés, a pronuncia, o metro, o comboio e a auto-estrada para Lisboa, o clima, o dialecto-morcão, etc.. Depois, no momento em que ele estiver mais animado, peçam-lhe para falar no Presidente. Perguntem-lhe o que pensa de Jorge Nuno Pinto da Costa. E verão como, em segundos, perderá a têmpera, o riso e o raciocinio.

Passe a distância histórica e o texto acima quase que podia, com uns pequenos retoques, funcionar como uma apologia pura e dura à Propaganda Duo (P2) de Liccio Gelli de que Berlusconni aliás foi membro, ou a Pinochet no Chile...
Eu que sou do Norte, e do Porto, tenho vergonha de Pinto da Costa, e quanto aos motivos pelos quais porventura em Lisboa se inveja o homem deixe-me que lhes recorde que da última vez que tentaram arranjar um Pinto da Costa sulista (Vale e Azevedo) a coisa correu um bocado mal.
E depois há aquela insustentável amoralidade e leveza, a de que os fins, e os resultados, justificam todos e quaisquer meio e, não é isso definitivamente que eu quero para o meu clube, a minha cidade e o meu País ...
Publicado por Manuel 01:42:00
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