e é esta a ditosa Pátria nossa amada ...

No dia em que o Público publica uma lancinante entrevista com Paulo Pedroso, a qual diz quem sabe se terá prolongado por seis (!) horas, e ficamos a saber que Paulo Pedroso é agora o único Português a acreditar na Palavra de Honra de Martins da Cruz...

No dia em que ficamos a saber que António Costa se perfila como o senhor que se segue no PS ao ousar mandar calar tanto Pedroso como Ana Gomes logo por transitividade também Ferro (ainda que não deva durar muito, fruto de excitações passadas) ...

No dia em que Eduardo Dâmaso, e ainda no Público tenta emendar a mão, perdendo pé ...



Neste dia, há um editorial de Raul Vaz a não perder no Diário Económico :

O que é que o PS sabe?


Seguindo Diogo Freitas do Amaral: aceite-se como inevitável a politização do caso de pedofilia, acreditando que daí não vem mal maior ao mundo, nenhum mal para uma sociedade adulta.

Aconteceu no momento em que um político foi detido, replicou-se em excesso quando o político foi libertado. É isso que também fica na cabeça das pessoas, além daquilo que os sentimentos sugerem.

Antes e depois, importa o que cada um julga: e só pode ser genuína a crença da direcção socialista na tese da cabala. Desde o início, num acto de fé em Paulo Pedroso, num movimento que cria divisões internas mas faz o seu caminho. Ferro Rodrigues e aqueles que se alistam num combate de vida estão disponíveis para a correspondente e fundamental prova?

Deixemo-nos de receios pelos populismos emergentes na atitude ou temores enviesados em construções apocalípticas de manifestações de extrema-direita. Esse é, tem sido, o estilo defensivo de Ferro Rodrigues.

O que está em causa permite e chegará para justificar algumas derivas. Como a atribuída a Ana Gomes, a dirigente socialista mais autêntica ou ingénua neste processo. A notícia do ‘Le Point’ será também ela uma deriva ou haverá quem tenha conhecimento factual da história e matéria de prova que sustente o que Catalina Pestana profetizou como o advento de um «terramoto»?



Deixemo-nos de jogos mais ou menos florentinos, conforme a perceptibilidade, aceitando que o mal existe e foi feito. Com a obrigação de nada fazer para que ele perdure ou, pior, seja branqueado. É mau para o país? Pois que seja, para que o espelho reflicta uma verdade sem distorções.

Para que tal aconteça é preciso ser-se autêntico. Não permitir, ou contribuir, para que o exibicionismo seja motivo para um apelo à calma. É esse o estilo de António Costa, um homem inteligente, mas que se deixa ir e, assim, se perde no entusiasmo.

Não se sabe quem decidiu a romaria ao Parlamento. Ferro Rodrigues, Paulo Pedroso, o PS?

Não se conhecendo a verdade, é possível deixarmo-nos ir pela inteligência de Paulo Pedroso e perceber que o espectáculo lhe foi circunstancialmente benéfico. O que não se pode admitir como razoável é a possibilidade de Pedroso ter voluntariamente exposto um partido político em favor das suas dificuldades, por circunstanciais que sejam.

Esperemos pois a prometida intervenção de Paulo Pedroso, hoje, no Parlamento. Bem como a entrevista anunciada no Público.

Esperando que o deputado tenha a coragem de revelar toda a prova junta pelo seu partido para sustentar a tese da conspiração. Tendo a consciência que a justiça não se fundamenta em rumores ou boatos.

É necessário que quem sabe, denuncie. Dando a cara. Foi assim que se conheceu o que hoje se sabe. Trinta anos depois de tudo ter começado.

P.S. Sigam também as «interrogações intrigantes» de José António Saraiva – onde estão e o que fazem hoje os clientes do Parque Eduardo VII que procuravam prostitutos? Para que não se perca a pergunta legítima do director do Expresso: «Será normal que um político que toma decisões em nome de um país ou um colunista que influencia milhares de leitores ande disfarçado atrás de jovens no Parque Eduardo VII?».



Entretanto, José Luis Arnaut decidiu proíbir publicidade na Time (um boicote portanto) acerca do Euro/2004 por causa da "notícia" desagradável sobre Bragança.

Convém referir que JLA pertence ao mesmo Governo de Nuno Morais Sarmento que não vê qualquer problema, presente ou futuro, no facto de a Cofina ter assento, directa ou indirectamente, na administração de praticamente todos os grandes orgãos de comunicação indígenas...

Quem não vê qualquer nexo entre os dois factos, anda muito, mas muito, distraído mesmo...

Publicado por Manuel 13:45:00  

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