"Contradições socialistas"
um dia dizem uma coisa, outro dia dizem outra - Exemplos práticos e irrefutávaveis
quarta-feira, outubro 22, 2003
As escutas realizadas a membros da direcção do PS revelam contradições flagrantes. Há exemplos para todas as situações. Para a prisão de Pedroso, para o seu regresso à Assembleia e sobre o valor dado ao segredo de justiça. Muito foi dito e escrito. O PS chegou mesmo a afirmar que, caso Paulo Pedroso visse a prisão preventiva revogada, não voltaria à AR enquanto o processo não terminasse. Não foi o que se viu.
Vamos às declarações. Depois de ter sido ouvido no Departamento de Investigação de Acção Penal (DIAP), a 4 de Junho, Ferro Rodrigues disse em declarações aos jornalistas que nada podia dizer sobre o interrogatório devido ao «estrito cumprimento e respeito pelo segredo de justiça».
A 21 de Maio, numa conversa telefónica escutada pela Polícia Judiciária, e já amplamente revelada pelos órgãos de comunicação social, Ferro Rodrigues terá manifestado outro tipo de consideração pelo mesmo segredo de justiça. A frase «Estou-me cagando para o segredo de justiça» fala por si.
Sobre o tão falado regresso de Paulo Pedroso à Assembleia da República e ao seu lugar de deputado há também contradições. A 2 de Julho, um dos principais dirigentes socialistas garante à agência Lusa que o ex-ministro do governo de Guterres só voltará à actividade política quando a sua inocência estiver completamente provada.
Segundo o mesmo responsável - próximo do ex-ministro socialista - para Paulo Pedroso regressar à política nem sequer lhe bastará que o processo em que é acusado seja arquivado. Ficava a sugestão de que jamais voltaria ao Parlamento.
O próprio Paulo Pedroso na carta que escreveu, enquanto ainda estava detido, afirmou que «é importante que em nenhum momento os criminosos que me atingiram possam sentir o prazer, porventura desejado, de atingir também o PS». A intenção do deputado cai por terra. O processo Casa Pia está a deixar o PS em maus lençóis.
Dito e esquecido
Os novos dados sobre as escutas telefónicas, revelados nos últimos dias, trazem também a lume declarações já antes proferidas pelos seus protagonistas. Já a 23 de Maio, dois dias após a detenção de Pedroso, António Costa veio dizer que tinha contactado o Procurador-Geral da República.
O artigo de opinião escrito, esta terça-feira, no jornal Público, pelo líder parlamentar do PS, é a reafirmação das declarações que proferiu a 4 de Junho.
Também o bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, já tinha afirmado, a 5 de Julho, fazer parte de um «filme» sem ter sido contactado antes.
A 23 de Julho veio ainda a público um comunicado da Procuradoria-Geral da República que pretendia esclarecer a validade das conversas escutadas. No comunicado, pode ler-se: «Numa investigação apenas as conversas telefónicas importantes são transcritas para os autos». Será que a polémica frase de Ferro Rodrigues, a propósito do segredo de justiça, foi mesmo considerada importante?
A prosa acima, não é da autoria dos perigosos "extremistas" desta Grande Loja, acusados por alguns de colaborarem na tal cabala contra o Partido Socialista. É uma prosa, integral, do insuspeito Portugal Diário ...
Contra factos, meus caros, não há argumentos !
Publicado por Manuel 09:29:00
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