tag:blogger.com,1999:blog-5672793.post115836489715099536..comments2024-03-27T10:03:39.347+00:00Comments on Grande Loja do Queijo Limiano: A paz jurídicaCarloshttp://www.blogger.com/profile/11324983491479444840noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-5672793.post-1158372872786237812006-09-16T03:14:00.000+01:002006-09-16T03:14:00.000+01:00A última noite sem SolHoje é uma longa noite de vi...A última noite sem Sol<BR/><BR/><BR/><BR/>Hoje é uma longa noite de vigília. Amanhã, quando voltarmos a despertar, já haverá dois sóis no horizonte. Um traz a Vida, o outro, a Farsa.<BR/><BR/>Nós atravessamos um tempo de trevas, e, por detrás do seu alegórico oxímoro, este "Sol" nada mais trará do que mais noite.<BR/><BR/>Nada, nele, ou em tudo o que o envolve, é novidade ou surpresa. No final do passado 2005, num mesmo dia de dor, espanto e sobressalto, também compreendemos, que, subitamente, num momento crítico de viragem, Portugal tinha decidido enrolar-se, como um feto, em redor do seu próprio umbigo: aquela miraculosa geração intermédia, dos 30, 40 e 50 anos, que deveria ter-se então manifestado, na criação da figura de um Presidente da República para um Novo Milénio, pura e simplesmente, não existia, ou tinha sido estrangulada. Em troca da renovação, apresentavam-nos um prato reputado intragável, Cavaco Silva, e o resto da história já vocês conhecem: o ancião Soares que se presta a fazer-lhe frente, o ressentido Alegre que aparece, para fazer frente à frente da frente, e dois candidatos laterais, que ali foram, medir forças, e acertar décimas, nas contagens de eleitorado.<BR/><BR/>Nunca o disse, e vou dizê-lo aqui: Cavaco, Soares e Alegre não passavam de três cangalhos, obsoletos, e representantes de um Passado que a minha geração, entre outras, tinha tacitamente considerado como fazendo parte da História, não de qualquer futuro.<BR/><BR/>Nós, jovens de Portugal, fomos escandalosamente burlados, por uma fatia geracional, responsável por muito do atraso e dos abusos que diariamente presenciamos, e que, afrontosamente, mostrava, preto no branco, que não estava disposta a abandonar os postos de vigia e conservação do Estado de Coisas: o Sistema "renovava-se", voltando, descaradamente, a chamar ao palco os velhos actores empalhados.<BR/><BR/>A Intoxicação Social, que, grave, e quotidianamente, detectamos estar ao serviço desse mesmo miserável Poder Político, também necessitava agora da sua "renovação". E também a vai ter: chama-se "Sol" e é a Sombra Enorme da miríade de coisas mórbidas que, durante décadas, enformaram esta coisa a que nos confinámos: a estrangulada Cauda da Europa.<BR/><BR/>O "Sol" nada traz de inovador. Se quiserem uma simples imagem, que possam transmitir aos vossos amigos, ele é uma farta operação de cosmética, que, através do colorido de lápis de cor virtuais, tenta apresentar, como uma banda desenhada renovada, a intragável história parda a que nos reduziram o nosso dia-a-dia nacional.<BR/><BR/>Há outra coisa que é fundamental que aqui se diga: o Arquitecto Saraiva é um medíocre; mais, ele é o medíocre típico português, o manga-de-alpaca das meias ideias, das palavras fracotas e das iniciativas de curto alcance. É capaz de tudo, e está, novamente, numa posição para ser regiamente pago para poder ser, em plena luz do dia, capaz de tudo.<BR/>O Sonho Português sempre passou por castrar os seus melhores talentos, e entregar os lugares de topo a indivíduo dos quais a História não reterá... nada. Como corolário, a pirâmide do medíocre é um lugar volumétrico, cujo vértice é o Medíocre, por antonomásia, e que se vai alargando, na direcção da base, mediante o acrescentar de medíocres ainda mais medíocres, ou de indivíduos cuja desfaçatez e falta de verticalidade permitem servir sob as ordens de alguém que sabem ser profunda, e irremediavelmente... medíocre.<BR/><BR/>Nós, cidadãos que vivemos outros mundos e outros horizontes, contamos com mais um inimigo no nosso campo. Já desligávamos os noticiários, pelos insuportáveis e manipulados vinte minutos de vómito futebolístico, que, simultaneamente, tentavam apresentar, como empolgante, uma vertente pretensamente desportiva, que toda a gente sabe ser um dos rostos da Actividade Criminosa, em Portugal. Comam-na durante meia hora, mastrubem-se com os "ídolos" por ela criados, esqueçam-se de que, lá para o fim, ou em bandas rotativas de rodapé, estão a desfilar, vertiginosamente, as notícias que vos vão amolgar profundamente o Quotidiano, o Futuro, e, mesmo, a visão de sonhos passados. Esqueçam os jornais: há quem tenha poderes -- sempre os mesmos -- para comprar capas e cadernos inteiros de revistas, reportagens forjadas, branqueamento de personagens e processos, douramento de pílulas inexistentes, venenosas e omnipresentes.<BR/><BR/>No seu arrancar, a Blogosfera Portuguesa deverá, um dia, ter sonhado com tornar-se o nosso pequeno contributo para a maré informativa do cidadão comum da Aldeia Global: troca imediata de informações, comentários lúcidos, trabalho gratuito, para oferecer a amigos e leitores desconhecidos, um pouco do nosso melhor talento. O que seria o "Braganza Mothers", se pudesse ter, por detrás, todos os dinheiros turvos da Opus Dei...<BR/><BR/>Felizmente não os temos, e, felizmente, ainda estamos a conseguir escapar a outra maré ainda mais preocupante, a desta roda livre de palavras e murmúrios se estar toda a alinhar, e a importar, para o seu lugar de "graffiti" virtual, a massa inteira dos vícios de forma e relação da nossa Realidade Enferma.<BR/><BR/><BR/>Como conclusão, hoje, curiosamente, Benedito XVI, pessoa sobre a qual todos sabem o que penso, terá citado -- contaram-me -- a figura de alguém que faz parte dos meus heróis, Constantino XI, Paleólogo, o derradeiro lutador pela independência das muralhas de Constantinopla contra os avanços do Infiel Turco. Deverá ter sido a única vez em que Ratzinger e eu teremos abordado o mesmo tema da mesma forma, o que não deixou de me surpreender. Com a morte de João VIII, Paleólogo, o último Constantino ter-se-á ajoelhado, numa célebre pedra de Mistras, e recebido, no Despotado da Acaia, a herança imperial, com a qual se apresentou, duas semanas depois, em 13 de Novembro de 1448, às portas de Constantinopla. O seu reinado foi curto, e durou, como se sabe, até à célebre noite de 30 de Maio de 1453. Com a Queda da Cidade, quase deserta e empobrecida, celebravam-se as exéquias de mais de dois milénios de Luz e Civilização Romanas.<BR/><BR/>Esta noite, a última noite sem "Sol", é como essa Noite de Mistras. Em conjunto, mais uma vez, vamos ter de partir, para a defesa das últimas muralhas da Luz, e é para essa terrível viagem, como para tantas outras, eventualmente menores, e passadas, que, mais uma vez, vos convido.<BR/><BR/>Apenas vos menti numa coisa: esta é a última noite, mas já é uma noite com "Sol". Ele está aqui (www.sol.pt). Pedir-vos que resistissem a visitá-lo era um pedido equivalente ao de Eva, feito pelo Criador. Eu sei que são humanos, e transgredirão, porque eu também sou, e também já lá fui.<BR/><BR/>Coragem.Arrebentahttps://www.blogger.com/profile/08776498949900520753noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5672793.post-1158366927994853192006-09-16T01:35:00.000+01:002006-09-16T01:35:00.000+01:00Sobre o caso concreto, não posso ir mais além, por...Sobre o caso concreto, não posso ir mais além, por motivos óbvios.o sibilo da serpentehttps://www.blogger.com/profile/09056507423143518707noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5672793.post-1158366699189499892006-09-16T01:31:00.000+01:002006-09-16T01:31:00.000+01:00E ultimamente é precisamente o que se tem visto- l...E ultimamente é precisamente o que se tem visto- leis duplicadas.<BR/><BR/>Mas isto ainda vai no adro, embora Canotilho pareça ter alguma razão.<BR/>Vamos a ver porque o Direito é sempre uma caixa de surpresas antes de chegarmos à "paz jurídica".joséhttps://www.blogger.com/profile/08191574005669567167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5672793.post-1158366235670353562006-09-16T01:23:00.000+01:002006-09-16T01:23:00.000+01:00Com o devido respeito por quem sabe mais: mas se a...Com o devido respeito por quem sabe mais: mas se a lei de autorização tivesse de ser tão pormenorizada assim, às tantas era a lei autorizada.o sibilo da serpentehttps://www.blogger.com/profile/09056507423143518707noreply@blogger.com