Sinais dos tempos



Publicado por Carlos 01:37:00  

5 Comments:

  1. Olindo Iglesias said...
    Mas isto é um spot publicitário ou é mesmo coisa a sério?
    JPRibeiro said...
    Parece-me que a riqueza de vocabulário e a facilidade discursiva deste Xóvem entrevistado, são exemplares do ensino público que temos. Só que, ao contrário do que você nos parece fazer crer, não são excepção mas regra.
    pandacruel said...
    ensino público é favor: algum público anda assim, na sociedade, na formação,no ensino público e privado e nessas cenas e secas por aí fora, há um enebriamento patente que até se compreende, dada a falta de horizontes que campeia. São drogas leves que, todavia, deixam rasto (veja-se o humor das manhãs televisivas, direccionado, talvez, aos lares e centros de dia - querem que a malta morra estúpida, para sentir menos a morte, quando chegar, por certo).
    Carlos Medina Ribeiro said...
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    Sócrates e «As 1001 Noites»

    Segundo nos dizem, Vladimir Putin é cinturão-não-sei-quantos de não-sei-quê - um desportista, portanto. Quer isso dizer que não estamos livres de que, um dia, de visita a Portugal, o Governo Civil mande cortar o trânsito na Praça do Comércio para ele dar umas corridinhas - se tal for o seu capricho? Não me palpita, pois o homem, pense-se dele o que se pensar, aparenta ter o senso das proporções e - por maioria de razão - do ridículo.
    Não parece, no entanto, ser esse o caso de José Sócrates, que não se importou nada que um dos locais mais famosoos do mundo (a Praça Vermelha, de Moscovo) tivesse esse bizarro tratamento para que ele pudesse fazer o seu "jogging" matinal.
    Ah, como tinham razão os autores anónimos d' «As 1001 Noites» quando punham o califa Harun-al-Raschid a disfarçar-se de mercador para, circulando anonimamente nas ruas e mercados do país, saber o que o povo pensava de si!
    Na realidade, é algo de semelhante que falta a muito boa gente que, uma vez alcandorada ao poder (e isolada do mundo-real por uma multidão de "yes-men"), é incapaz de se ver de fora e de se aperceber das tristes figuras que faz...
    Carlos Medina Ribeiro said...
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    GRANDE NUMERO!

    Talvez seja da idade, mas se há coisa para a qual já não tenho pachorra, em dias de greve, como hoje, é ouvir as discussões em torno dos números de grevistas e não-grevistas.
    Como se sabe, sindicatos e governos dizem o que mais gostariam que fosse verdade, chamam-se mutuamente de mentirosos, e o mundo continua a rodar... até à próxima.
    No entanto, hoje, fomos surpreendidos com uma novidade: o governo lembrou-se - e muito bem - de usar os dados do consumo de energia como indicador de (uma possível) redução da actividade económica do país motivada pela greve.
    «Boa!» - pensei eu - «Ora aí está uma medida inteligente!».
    Só que eu não estava preparado para a revelação que veio a seguir:
    O consumo de energia... aumentou!
    O seja: já não temos 20% de grevistas, nem 15%, nem 10%, nem 5%, nem mesmo zero:
    Pelos vistos, hoje, até houve... um número negativo deles!

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