O calor desperta...

Sexta, sábado, domingo, segunda e terça. Cinco dias, cinco noites, de País parado.

Será para contribuir para as estatísticas que nos colocam no top dos países menos produtivos da Europa? Ou será antes por ser o melhor remédio para nos esquecermos de quem nos governa ao mesmo tempo que desligamos do congresso dos sócristas?

Convenhamos que foi um tiro genial e certeiro dos “spins” do dr. Lopes. Afinal, seus invejosos, sempre há quem justifique o vencimento por bandas de S. Bento. O calor ainda aperta, o Algarve convida e como bons portugueses, amanhã logo se verá o que fazer com o País que resta.

P.S. (ler post-scriptum e não xuxa, por favor) Um conselho ao dr. Lopes Aproveite estas mini-férias para nomear o chefe vitalício das secretas.

Publicado por Viúva Negra 22:13:00  

6 Comments:

  1. Anónimo said...
    Mas porque é que são cinco dias e cinco noites ?
    Não sabe contar, ou só vê do olho esquerdo ?
    Pinto Nogueira said...
    Bolas, é preciso começar cedo a campanha eleitoral e estes Senhores não têm feito outra coisa.
    Anónimo said...
    Deram-me tempo para pensar melhor nisto:
    “A política é um ofício bizarro. (...) Porque pressupõe duas capacidades que não têm qualquer relação intrínseca. A primeira é a de aceder ao poder. Se não acedemos ao poder, podemos ter as melhores ideias do mundo, que não servirá de nada; há portanto uma arte do acesso ao poder. A segunda capacidade é a de, uma vez no poder, se fazer alguma coisa com ele, quer dizer, governar. (...) Nada garante que alguém que saiba governar saiba por isso aceder ao poder.” *

    *Castoriadis, “Diálogo e Post- Scriptum sobre a Insignificância”, Fim de Século, 2004, p113

    MJ
    josé said...
    O acesso ao poder político, o que permite fazer regras, tem sido o jogo preferido de muita gente, ao longo dos séculos. Dá a impressão que esse jogo, tal como outros de competição, é mais apetecido por homens do que por mulheres.
    Não admira, também, que muitos sábios, na Grécia e na Roma antigas e até na China imperial, tenham ensinado algo sobre a matéria .

    Haverá alguém capaz, nos dias de hoje, de inventar a pólvora?
    Não sei. Mas sei que muitos polítcios gostam de dizer que lêem biografias de grandes líderes, sempre que lhes perguntam algo, em inquéritos ocasionais.
    Um deles, para sofisticar o gosto publicado, até disse que gostava muito de ouvir os concertos para violino de Chopin! Mesmo assim, chegou ao poder...
    Será esse o método?! Quanto mais ignorante, melhor apetrechado? Não sei, mas olho para o outro lado do Atlântico e vejo ainda pior.
    josé said...
    Ah! O Castoriadis parece-me ser um desses sábios! E há outros! Quem souber, ponha aqui nomes que por mim, agradeço.
    Anónimo said...
    O calor desperta...
    de Agamben, para pensar:
    “O Estado (...) não se funda no laço social, do qual seria a expressão, mas na dissolução deste, que ele interdiz. Por isso relevante não é nunca a singularidade como tal, mas apenas a sua inclusão numa identidade qualquer. (...) Um ser que fosse radicalmente privado de toda a identidade representável seria para o Estado absolutamente irrelevante. (...)
    A singularidade qualquer, que quer apropriar-se da própria pertença, do seu próprio ser-na-linguagem e declina, por isso, toda a identidade e toda a condição de pertença, é o principal inimigo do Estado. Onde quer que estas singularidades manifestem pacificamente o seu ser comum, haverá um Tienanmen e, tarde ou cedo, surgirão os tanques armados.” *

    * Agamben, Giorgio, “A comunidade que vem”, Presença, 1993, pp 67, 68

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