tag:blogger.com,1999:blog-5672793.post114945636225083880..comments2024-03-27T10:03:39.347+00:00Comments on Grande Loja do Queijo Limiano: "Professores, avaliações, aflições"Carloshttp://www.blogger.com/profile/11324983491479444840noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-5672793.post-1149688843187240282006-06-07T15:00:00.000+01:002006-06-07T15:00:00.000+01:00http://ocontradito.blogspot.com/2006/05/uma-propos...http://ocontradito.blogspot.com/2006/05/uma-proposta-para-avaliao-de.html<BR/><BR/>É difícil avaliar o trabalho dos professores.<BR/>Não serão certamente os pais a realiza-lo. A menos de uma situação a descrever mais à frente. Os professores não se podem sentir reféns das famílias (no processo da sua avaliação, de que dependerá a sua promoção) quando têm em mãos as avaliações dos respectivos educandos.<BR/>Para além do facto de, realmente, os pais estarem longe das escolas e longe dos critérios de avaliação que, se exige, tenham uma componente técnica inatingível pela sua esmagadora maioria.<BR/><BR/>Mas, temos que avançar.<BR/><BR/>Os professores estavam habituados a uma progressão automática na carreira. Os sindicatos dizem que não era assim, pois tinham que fazer formação para o efeito. Uma verdade sem efeitos. A realidade é a de que a formação é muitas vezes inútil, dinamizada pelos próprios sindicatos que faziam dessa actividade um negócio e, na prática, resultava sempre na progressão de todos dos docentes, nos momentos determinados e sem dificuldades de maior. Todos chegavam no mesmo tempo ao topo. Os muito bons, os bons, os razoáveis, os medíocres, os maus…<BR/><BR/>O recurso às avaliações dos respectivos alunos (mesmo que em exames nacionais) para avaliar os docentes não é exequível. Os alunos são muito diferentes de escola para escola o que traria benefícios para um mau professor numa escola de alunos originários de famílias formadas, equilibradas e atentas e prejuízos para um bom professor numa escola de alunos problemáticos.<BR/><BR/>As avaliações feitas por inspectores que assistem às aulas também seriam muito subjectivas, criaria mau ambiente e seriam levantadas constantes questões sobre as competências (dos inspectores) de todo o tipo e sobre a superioridade técnica desses inspectores que lhes permita avaliar e “decidir” sobre a progressão dos avaliados.<BR/><BR/>Assim, não se pode ir por ai, por acolá, por aqui. Então, como fazer?<BR/><BR/>A minha sugestão.<BR/><BR/>Em primeiro lugar teremos que passar a mensagem que as progressões serão sempre só para alguns e limitadas. Que a perspectiva de atingir o topo da carreira é para todos, mas só uns lá chegarão.<BR/><BR/>Sendo difícil classificar os docentes como bons ou muito bons, há uma outra abordagem à questão que pode resultar. Será identificar os menos interessados e esses não seriam promovidos…<BR/><BR/>Poderiam progredir todos os docentes que:<BR/><BR/>1)Tivesse tido a última progressão há x ou mais anos.<BR/>2)Tivessem dado todas as aulas previstas a todas as suas turmas nos últimos x anos (o número de aulas/disciplina obrigatórias). Aqui teria um papel importante a activação do processo de substituição de docentes faltosos: os docentes estariam na Escola durante os seus períodos não lectivos e estariam prontos para substituir o colega, não para dar uma aula deste, mas para adiantar uma aula sua. Essa aula seria reposta pelo colega, depois.<BR/>3)Tivessem completado nesse ano, na sua escola, x ou mais anos em funções. Dando relevância aos docentes estáveis, que contribuem para a estabilidade dos quadros da escola e do trabalho plurianual em seu favor.<BR/>4)Tivessem realizado uma determinada formação predefinida pelo Ministério (que estabeleceria conteúdos nas transições de escalão) em períodos e horas não lectivas (sem prejuízo para os alunos).<BR/>5)Não tivessem, nos últimos x anos, problemas de comportamento e/ou processos significativos levantados pelos pais ou pela Escola com decisão final em desfavor do docente.<BR/>6)Que se encontrassem dentro do plafond de cada escola (número de progressões determinadas como máximo por ano e escola).<BR/><BR/>Finalmente, se o número de docentes, nessa escola, em condições de promoção nesse ano ultrapassassem o plafond definido,<BR/><BR/>7)Sejam escolhidos pelos órgãos dirigentes da Escola. Os critérios seriam quaisquer uns, a definir por esses órgãos ao abrigo da sua autonomia. No entanto, o critério de promover o menos promovido até ao momento, ou o que está à mais tempo sem obter promoção não seria aceite.<BR/><BR/>O plafond de cada Escola seria determinado a partir de dados concretos e objectivos e de importância relevante para assegurar um bom trabalho de todos, dentro da escola. Assim, haverá mais docentes a progredir numa escola com bons resultados e menos numa escola pouco produtiva.<BR/><BR/>Consideraríamos como plafond de base, por exemplo, 1/6 dos docentes da escola com horários completos. Ou seja, cerca de metade dos professores da escola com x anos decorridos após a última progressão.<BR/><BR/>Esse valor (número de professores) seria multiplicado por um coeficiente que traduziria a produtividade da Escola e do grupo disciplinar. Como chegar aí? Simples. Com base nas médias obtidas pelos alunos da escola ano após ano, nos exames nacionais. Se evoluírem, aumenta o plafond. Se andarem para trás, reduz-se o mesmo.<BR/><BR/>Até termos valores comparativos (alguns exames nacionais ainda não se realizam) o coeficiente manter-se-ia em 1.<BR/><BR/>Por exemplo, uma escola com 60 professores. Teria um plafond base de 10 progressões naquele ano.<BR/><BR/>Se a escola apresentasse uma média de notas igual a 80% da média nacional no ano anterior e subiu para 85% dessa média nesse ano, o plafond subiria para 11 ou 12 professores (formulas a definir). Se a sua média se reduzisse, aconteceria o inverso e apenas 8 ou 9 professores seriam promovidos.<BR/><BR/>Poder-se-ia fazer uma análise disciplinar e por níveis de ensino. No entanto, para simplificar, poderiam ser consideradas apenas as médias globais.<BR/><BR/>O resultado disto é que a Escola teria que “aprender” a funcionar e a “produzir” como um todo.<BR/><BR/>Aos professores em funções (exclusivamente) não lectivas responderiam aos critérios aplicáveis.<BR/><BR/>Finalmente, o processo teria que ser adaptado aos estabelecimentos de infância e aos educadores, onde, aqui sim, se chamariam os pais para os avaliar…, substituindo-se às notas dos exames (que não existem).<BR/><BR/>Julgamos que poderemos ter aqui um modelo justo e equilibrado. Motivador e aglutinador de vontades. Teremos, de certeza mais professores nas escolas, a trabalhar em conjunto e com objectivos claros, com repercussão directa na sua progressão.<BR/><BR/>Claro que isto não passa de uma ideia, que teria de ser muito amadurecida. Mas, julgamos, de simples, justa e eficaz aplicação.ocontraditohttps://www.blogger.com/profile/16947752168322725379noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5672793.post-1149538232711064392006-06-05T21:10:00.000+01:002006-06-05T21:10:00.000+01:00Palavras para quê?Palavras para quê?Dr. Assurhttps://www.blogger.com/profile/08221117343172603455noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5672793.post-1149507556672799092006-06-05T12:39:00.000+01:002006-06-05T12:39:00.000+01:00Há por um lado uma hipocrisia garantidamente medío...Há por um lado uma hipocrisia garantidamente medíocre nesta gente que manda na educação e um deixa andar assustador nos pais de quem vai ser o nosso futuro. Ninguém se mexe, ninguém berra realmente. Deve ser do calor que não nos permite senão abanar um leque e esperar umas minis geladas durante o mundial.<BR/><BR/>Nos concelhos menos populados, um professor primário tem entre nove e dezoito alunos. Do primeiro ao quarto ano, com diferenças e necessidades diferentes. Tem às vezes sete ou oito alunos em momentos de aprendizagem diferentes. E se for preocupado e competente sai arrasado todos os dias.<BR/><BR/>São estes os professores que preparam a parte mais importante da educação de um jovem. É aqui que se cozinha o interesse, a curiosidade, os mecânismos que nos permitem singrar bem no futuro de muitos professores, de muitas escolhas.<BR/><BR/>Um professor universitário pode não saber ser professor, mas por esta altura, um aluno já tem que ter as ferramentas para ir buscar o conhecimento por si só.<BR/><BR/>Então porque é que os professores primários, que deveriam ser valorizados, deveriam ser a nata dos professores, estão tão esquecidos?<BR/><BR/>Como é que admitimos, quando sabemos que a educação é vital para um país, que quem governa seja tão irresponsável, tão tacanho, tão incompetente?Bayushisenihttps://www.blogger.com/profile/00069281489599428206noreply@blogger.com